terça-feira, 7 de junho de 2016

TEIA AMBIENTAL - VENTO - O MENSAGEIRO DOS DEUSES



Meus caros leitores:


Decidi, este mês, fazer uma apologia ao vento, rendendo, desta forma, a minha homenagem a um amigo e companheiro de todo dia. Fiel e pontual, a cada manhã, recebo sua suave e perfumada brisa, ao abrir minha janela.

Muitos o temem, eu não. Muito reclamam de sua fúria, eu a respeito. Muitos atribuem-lhe desastres, eu os debito na conta das insanidades humanas.

Senhor das grandes mudanças na superfície terrestre, ele transforma paisagens e muda o curso das nuvens, conduzindo a água da chuva de um lugar para outro.

Se eu invoco a sua presença, ele me responde com um suave balançar das folhas das árvores. Se eu clamo para que adie as chuvas para o dia seguinte, ele aumenta sua força e desvia o seu rumo, carregando as negras nuvens para mais distante.

As mudanças são orquestradas pelas suas lufadas que afetam tempo e espaço. Ele é independente e muito impulsivo, cultua a liberdade e não se intimida diante do futuro.

O vento traz as revelações do éter. Ele é o mensageiro dos deuses. Se uma folha de árvore iniciar um balanceio imprevisto, não temam a chuva que vai cair, mas celebrem o ritual mais sagrado da natureza, em que a água que subiu aos céus vai comungar com o leito dos rios.

Sem a força dos ventos, as nuvens não sairiam do lugar, e o mundo não conheceria as mudanças. Sem as mudanças, a terra seria insípida, sem expectativas e cansativamente repetitiva.

Abrir os braços e conclamar a presença do vento é um ritual de amor. Ele virá, esteja onde estiver, por ser fiel aos seus sacerdotes. A celebração é garantida, se o deus a ser cultuado é o vento.

Comecem a girar e a chamar sua presença, e logo ele se fará presente. As folhas começam a girar ao redor do nosso corpo, e a alçar voo em direção ao infinito. Não há limites para o vento, ele começa onde muitos terminam, e termina onde o vento faz a curva.

Amigo, escudeiro, transformador e mensageiro, não haveria vida sem a sua vital presença no ar. Se eu fosse materializar a sua imagem no mundo físico, eu desenharia o número 5, e incorporaria à imagem as energias ousadas e aventureiras de suas paixões e fantasias.

Neste dia 7, que revela a energia mais próxima da consciência ambiental, eu decidi homenagear o número 5, símbolo do vento e da magia. A magia é a ponte que liga o visível ao invisível, e o vento é o agente transformador que nos ajuda a atravessar essa ponte.

A bênção, meu irmão vento, mensageiro dos deuses.