sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

TEIA AMBIENTAL - CIDADES ECOLOGICAMENTE CORRETAS







CIDADES ECOLOGICAMENTE CORRETAS – DESTINO TURÍSTICO DO AMANHÃ



A minha Teia vai começar a projetar o futuro da humanidade. Poluição e degradação serão ações do passado, rejeitadas por moradores e visitantes de cidades classificadas como turísticas.



Morar numa cidade que não trate o seu lixo, que não cuide dos seus parques e que não incentive seus habitantes a trocar o automóvel pelo transporte público, nem pensar! Uma cidade assim estará fora da rota de quem procura qualidade de vida para morar ou interesse turístico em visitar.



Será possível não seguir as mesmices do mundo moderno consumista e predador? Será viável sonhar com uma cidade progressista e preocupada com a qualidade de vida dos seus moradores? Pode-se crescer sem destruir, progredir sem agredir, e ser futurista sem negar suas raízes?



Os incompetentes e interesseiros governantes, que fomos nós que colocamos no poder, afirmam que não se pode progredir sem destruir o velho para construir o novo. Tolice, irresponsabilidade e jogo de interesse sujo e covarde! Agride-se a história de uma região e fragiliza-se o vínculo dos seus moradores com suas origens, cortando sua ligação com as raízes da sua comunidade e derrubando as obras físicas que marcam sua história.



Os interesses econômicos, mais uma vez, são os vilões. Não os interesses do povo das cidades, mas os de um pequeno grupo que comanda a sua economia. Políticos, empresários, banqueiros e meios de comunicação produzem fatos e notícias que distorcem verdades e cuidam dos seus interesses pessoais.



Segundo a jornalista Luciana Galastri, eu selecionei cinco cidades no mundo que se orgulham de serem rotuladas como cidades ecologicamente corretas. Elas são boas para morar e excelentes para visitar. Elas proporcionam qualidade de vida aos que vivem nelas e atraem visitantes do mundo inteiro, que se encantam com suas condições de vida.



Elas são visitadas por turistas que buscam expandir suas visões sobre o que seja viver numa cidade progressista, e abandonar a falsa impressão que para progredir é preciso destruir o passado. Somente os tolos ou mal intencionados, somente eles, se deixam enganar por afirmações das elites que manipulam o poder no mundo inteiro, e que tentam convencer que novas construções precisam fazer esquecer as antigas arquiteturas.



Por não pensarem assim, as autoridades de cinco cidades no mundo podem ser rotuladas como ecologicamente corretas. Elas, certamente, não são cem por cento corretas, mas num mundo poluído e destrutivo, elas servem de exemplo para as cidades turísticas que desejam atrair visitantes. 



Comecemos com Vancouver, no Canadá, que tem como lema a sustentabilidade. E para comprovar a seriedade com que tratam da questão de alcançar um desenvolvimento sustentável, 90% de sua energia é produzida por painéis solares, energia eólica, marés e hidrelétricas.




 







Falemos, a seguir, de Malmo, na Suécia, tomada por magníficos espaços verdes, que encantam os visitantes. Mas, nem só do verde vivem os moradores de Malmo, eles se beneficiam de um magnífico desenvolvimento urbano sustentável.

Malmo é uma das maiores cidades da Suécia, mas não enfrenta engarrafamentos, graças à rede de ciclovias que estimula o povo a se deslocar de bicicleta, deixando o carro guardado para os passeios de final de semana.

 


Tratemos, agora, de uma conhecida cidade brasileira, à qual, talvez, por ser prata da casa, dá-se pouco valor – Curitiba. Considerada a capital ecológica do Brasil, tudo que há de mais revolucionário e pioneiro na área de desenvolvimento urbanístico sustentável tem suas origens em Curitiba.
O transporte urbano está sempre na frente de tudo que já exista em outras grandes cidades brasileiras. As bicicletas são muito usadas por seus moradores, e diversas medidas pioneiras no planejamento de trânsito surgiram em Curitiba.

Os parques estão espalhados pelos quatro cantos e a preservação da história da cidade pode ser reconhecida em monumentos erguidos nos parques e nos museus que valorizam a história da colonização e das origens dos seus colonizadores.


 


Vamos falar de Portland, nos Estados Unidos, que mesmo sendo uma cidade progressista, investe em ciclovias e ferrovias, para reduzir a poluição e o estresse dos moradores. A partir de um determinado momento, a cidade passou a só construir seus edifícios com materiais considerados sustentáveis.
A cidade não perde em progresso econômico com menos carros novos nas ruas e nem se sustenta do exibicionismo dos seus arranha-céus, ela pode ser moderna e segura, progressista e com sua história preservada, dispor de prédios modernos e manter a arquitetura histórica dos primórdios da sua criação. 
 
E, vamos finalizar o nosso passeio ecológico com Reykjavik, capital da Islândia, considerada a cidade mais sustentável do mundo. A energia vem de hidrelétricas e usinas geotermais, e o sistema de transportes utiliza hidrogênio como combustível.

Diz-se que o ar da cidade é tão puro que têm turistas que visitam a cidade com o único intuito de saber como é que funciona o seu sistema de sustentabilidade.





Agora, me respondam, é possível viver bem sem poluir? É possível atrair turistas sem destruir? É possível gerar uma política de visitação a partir de uma administração baseada nas ações de sustentabilidade?

Será que eu preciso responder? Pensem bem, meus leitores, o que impede que esse tipo de qualidade de vida seja posta ao alcance de todos nós?

Tem gente tirando vantagem da má qualidade de vida em que vivemos. Mas, quem seria?

Eis o enigma da esfinge, “decifra-me ou devoro-te”.