terça-feira, 24 de dezembro de 2013

MENSAGEM PRA VOCÊ



A mensagem é pra você. É pra você mesmo, que está aí parado, meio zangado e todo calado. E pra você também, alma feminina, emotiva e sensível, que se julga mais frágil do que é.
Caminhamos juntos por todo o ano, e muitos de nós nem percebemos a presença um do outro.
Reclamamos de tantas coisas, que nem tivemos tempo para exaltar as boas conquistas.
Criticamos e condenamos os outros, tantas e tantas vezes, que não fomos capazes de reconhecer os nossos próprios erros.
O mundo nos pareceu tão errado, que achamos melhor não nos envolver e deixar as coisas como estão.
Falamos muito e agimos pouco. Percebemos muitos dos erros antes que acontecessem, mas fomos omissos para tomar atitudes.
Vamos combinar de não repetir os mesmos erros no ano que vem? Vamos dar o melhor de cada um de nós, para ajudar a humanidade a dar um passinho à frente?
Vamos amar mais do que qualquer outra coisa? Vamos perdoar e relevar ofensas, e procurar entender aqueles que mais destroem do que ajudam a construir? Vamos pensar mais no bem estar alheio do que em nosso mundinho particular? Vamos fazer um esforço franciscano, para dar mais do que receber?
Eu não tenho muito mais a dar do que me comprometer em fazer tudo isto que estou pedindo. Talvez até tenha, mas precisamos saber por onde começar. E estas coisinhas miúdas são fáceis de serem abraçadas, e postas em prática desde o primeiro dia de 2014.
Da minha parte, eu assumo, desde já, este compromisso. E espero encontrá-los ao longo do caminho.
Desejo a todos, neste Natal, o renascer do Cristo que existe em cada um de nós.
Faço votos para que o ano de 2014 encontre todos prontos a trilhar o caminho do peregrino.
Juntos, descobriremos que “o eu” não existe, e que somente seremos felizes quando nos reconhecermos como uma minúscula parte do Todo.
Felicidades, meus amigos!
São Lourenço, dezembro de 2013.
Gilberto Gonçalves.     

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A LINGUAGEM DOS SINAIS





Meus caros leitores, poucos dias nos separam do término de mais um ano.
Parece que foi ontem que a humanidade aguardava com apreensão, alguns, e com pavor, a maioria, a chegada de 2000.
O tempo passa, mas, as mazelas humanas continuam as mesmas. A preocupação com os ganhos materiais e com as paixões frustradas continua liderando as estatísticas.
O karma 19 assusta os que com ele se confrontam. Perdas materiais, decepções profissionais e frustrações amorosas costumam identificar este karma na vida dos reclamantes. A dor de perder dinheiro, cargos influentes na administração de empresas e de sentir o vazio com um divórcio inesperado ou impensado são devastadores na vida dos que me procuram em busca de explicação.
A causa das perdas nesta vida está relacionada a ações noutras vidas. Se retirarmos antes da hora benefícios pessoais que não merecíamos ou que não nos pertenciam, algum dia, em alguma vida, nós teremos de devolver tudo de que nos apossamos.
Eu costumo explicar que não se tratam de perdas, mas de pagamentos de antigos débitos, contraídos em vidas passadas. Quem, porém, está disposto a aceitar a dívida de uma vida da qual nem lembra?
As pessoas não têm noção do que fazem nesta vida! Não vou mensurar quantas se enquadram neste grupo, mas posso afirmar que o número é assustador. Não estou falando somente de ateus ou materialistas, mas de crentes de todas as religiões, estudiosos de todas as ciências e de doutores com suas especializações.
O medo é da carência financeira, da falta ou da perda de dinheiro. A pior de todas as misérias, a espiritual, poucos, muito poucos, com ela se preocupam. A angústia dos que me procuram para sanar seus sofrimentos ou temores, está quase sempre relacionada às questões econômicas.
Se eu fosse projetar o número dos que já me consultaram aflitos, assustados com seu déficit espiritual, eu afirmaria que, em cada 1000 consultas, seriam menos de cinco, os que demonstraram preocupação com a sua vida espiritual.
E assim caminha a humanidade, atolada até o pescoço em dívidas, perdas e desperdícios. Quando são agraciadas com ganhos materiais, as pessoas não se preocupam em entender as razões, e nem se satisfazem com o que têm, querem sempre mais. Quando o dinheiro falta, ou ameaça faltar, bate o desespero, e entram em pânico.
A falta de fé ou a descrença num Poder Superior, não lhes causam qualquer receio, e nem se dão conta de que estão carentes de valores determinantes para a sua felicidade. A saúde não se apoia senão na harmonia perfeita entre o físico e o espiritual. A própria riqueza financeira, quando prevalece por toda a vida, tem a sua origem nos méritos kármicos de outras vidas, jamais em causas meramente físicas ou racionais, como trabalho, economia ou investimento. 
Não há riqueza material sem a correspondente riqueza espiritual. Quando ocorre o contrário, os ganhos financeiros são passageiros e logo provocam experiências de perdas e fracassos nos negócios.
Eu costumo recomendar aos que se lastimam por falta de dinheiro, para que reflitam sobre a falta que fazem as práticas espirituais. A reação mais comum é dedicar mais tempo ao trabalho e tentar a sorte em jogos ou investimentos financeiros. Quanto mais se ocupam do trabalho e se mortificam com a possibilidade de novas perdas, mais essas pessoas se afastam da vida espiritual.
Enganam-se, os leitores que pensam que, ao mencionar a espiritualidade, estou falando de religião, seitas ou rituais. Ser uma pessoa espiritualizada é dar mais do que receber, amar bem mais do que ser amada e servir a todos com amor e generosidade. Quem faz isto, porém, costuma ser taxado de tolo, ingênuo ou perdulário.
Perder dinheiro é o maior dos pecados, aplicar em negócios lucrativos é a bênção divina mais cultuada. Dedicar-se a um trabalho rentável só é considerado quando se emprega o tempo em ganhos pessoais, sem se importar se outros irão perder com suas atitudes. Tudo é competição, o mais esperto ganha do mais honesto, e suas práticas egoístas são consideradas técnicas louvadas e ensinadas nos cursos profissionalizantes.
Quem tem tempo para pensar na sua alma? Quem acredita na existência da alma? Quem se vê como parte da obra divina, auxiliar dos Mestres no plano físico? Quem já se conectou com o seu Mestre, ou tem noção da Sua existência?
Quando trato da presença dos Mestres na vida da Terra, a maioria arregala os olhos e não sabe do que estou falando. Quando ensino que os Mestres se comunicam conosco, que somos seus discípulos encarnados, poucos têm a consciência desses contatos a nível mental e espiritual.
Os Mestres enviam mensagens para todos nós que estamos conectados com os Planos Superiores. Essas mensagens são transmitidas em forma de sinais, de acontecimentos que não têm explicação lógica ou de situações fora de controle. Essa maneira estranha de ser ouvido ou percebido é chamada de linguagem dos sinais.
A quase totalidade de seres na Terra desconhece essa linguagem, a surdez espiritual impede que recebam a mensagem, mesmo quando têm noção de que fatos surpreendentes estão acontecendo em suas vidas. É mais simples atribuir tudo ao acaso, e prosseguir na sua vidinha medíocre e destituída de sentido. Nascer, crescer, trabalhar, ganhar, acumular e morrer. Que tristeza!
Quem não despertar desse pesadelo, que é viver sem razão, logo se dará conta que a morte não é uma punição, mas uma bênção para que não sigam sofrendo por este mundo afora. Cada criatura tem uma missão a cumprir, e se não a cumpre afeta o Plano Divino para toda a humanidade. Se não fazemos a nossa parte, não prejudicamos somente a nós mesmos, mas a todos os habitantes do planeta.
Pensem bem, meus caros leitores, na missão de cada um. Se tudo corre bem na sua vida, boa saúde, recursos suficientes e harmonia familiar, há grande chance de estar cumprindo a sua missão. Se, pelo contrário, sucedem-se as perdas, a saúde está de mal a pior, perdeu o emprego, amigos se afastem e a família foi dissolvida, então, está na hora de rever seus conceitos.
Não ponham toda a culpa nos karmas, muito do que têm feito nesta vida está afetando a sua existência. Abram os seus olhos espirituais, e avaliem suas condutas. A culpa nunca é dos outros, mas toda sua.
Os Mestres estão falando conosco, diretamente ou através dos Adeptos, não nos façamos de surdos. Não alimentem seu analfabetismo espiritual, aprendam a entender a linguagem dos sinais. Ou aprendem o que seus Mestres esperam de cada um dos seus discípulos, ou vão continuar reclamando contra tudo e contra todos, num lamento eterno até o último suspiro.

sábado, 7 de dezembro de 2013

TEIA AMBIENTAL - VÍTIMAS OU VILÕES?



               
 


Meus caros leitores:
A questão ambiental já se tornou caso de polícia. A dificuldade é descobrir as vítimas e os vilões. Todos reclamam das temperaturas extremas, mas o que está sendo feito para evitar o agravamento da situação climática? De quem é a culpa?
O calor está um horror, é preciso tomar alguma providência. A melhor solução seria criar bolsões verdes ou cinturões verdes, como prefere a maioria, a fim de tornar a temperatura mais amena. O governo não protege as matas, e deixa as agroindústrias devastar áreas de floresta. A população pede às prefeituras para derrubar árvores, por medo que caiam na cabeça de alguém ou para erguer uma casa ou, apenas, para desimpedir a entrada da garagem.
A reclamação da sujeira das ruas é uma unanimidade em quase todas as nossas cidades, com toda a população reclamando da omissão do serviço público. Se o povo não atirasse nas ruas o lixo que sobra de tudo que consome as ruas estariam limpas, e pouco haveria a se recolher.
O ar está poluído, e a culpa é da fumaça dos carros, que precisavam ser punidos pelo DETRAN. Se os motoristas cuidassem dos motores dos seus carros, a poluição seria insignificante.
Quanto mosquito! O que as autoridades estão fazendo para acabar com essa onda de mosquitos? O que a população vem fazendo com o seu lixo, quando perde a hora do lixeiro? Os terrenos baldios recebem os despejos dos lixos, e os que despejam seu lixo são os mesmos que reclamam da sujeira e dos mosquitos.
Os rios estão imundos, porque as margens tornam-se lixões para quem não tem tempo ou paciência de colocar seu lixo à espera do caminhão de coleta. As ruas ficam inundadas a cada chuvarada, e os bueiros entupidos pelo lixo atirado na sarjeta.
As grandes criações de bovinos são consideradas as grandes responsáveis pela devastação de imensas áreas verdes. O povo não passa sem o seu filezinho, e não quer nem saber dos estragos causados, na origem, pela carne que consome.
No plebiscito a população votou contra a proibição da venda de armas de fogo. Mata-se com todos os calibres disponíveis no mercado, e a culpa é da polícia.
Sabem de uma coisa? Não há vítimas ou vilões, pois a irresponsabilidade humana assume ambas as posições. O governo é a expressão fiel do povo. Governo predador administra cidades e nações habitadas por predadores.
Meus ecológicos leitores, ou cada qual começa a mudar sua postura, ou vamos passar a vida cobrando ações públicas que os governantes não estão nem aí para atender.
Muitas das causas de destruição ambiental são responsáveis por altos faturamentos em impostos ou lucros de empresas governamentais. Quem vai mudar a legislação para proteger a natureza?
A ignorância humana não vincula o desenvolvimento a qualquer preço com doenças e desgraças que afetam a humanidade. A saúde econômica é mais valiosa do que a saúde da criatura humana.
Meu amigo leitor precisa deixar de reclamar, e fazer a sua parte. Não assuma a condição de vítima, admita ser um dos vilões que estão destruindo a natureza.