domingo, 30 de janeiro de 2011

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DAS MUDANÇAS

Meus acomodados e comodistas leitores, falar de mudanças é um desafio para mim que escrevo e para vós que sereis censurados por descuidos e omissões.

A numerologia nos ensina que mudar é tarefa para o número 5, uma energia impulsiva e inquieta, difícil de ser controlada e impossível de ser contida. Uma coisa é aceitar mudanças e outra, bem distante, é realizar as mudanças.

Confesso-vos que poderia mencionar uma infindável relação de processos de mudança que começam e ficam estagnados pelo meio do caminho. Os motivos são diversos, e todos eles dizem respeito a medos do desconhecido.

Mudar é enfrentar o medo e arriscar no futuro, pronto a recomeçar toda vez que fracassar. Ousadia é um atributo dos que foram capazes de mudar suas vidas e saírem das mesmices que os prendiam às rotinas repetitivas do dia-a-dia. Mas, não pretendo vos enfadar com discursos de auto-ajuda, pois desses, eu já cansei, antes mesmo de tê-los começado.

Ah, amáveis leitores, peço-vos paciência e tolerância, não para mim que, como afirmei, não hei de vos exigir mais do que atenção, mas para aqueles que se dizendo esotéricos e espiritualistas não conseguem mudar suas vidas, vivendo num eterno limbo entre o consumismo e as buscas espirituais.

Quantos de vós tendes, entre seus amigos, membros de seitas secretas ou simples estudiosos da literatura esotérica? Estou a me referir a pessoas deslumbradas e cheias de mistérios que se consideram muito evoluídas e conhecedoras de segredos que não podem ser revelados. Não precisais responder, contento-me com o vosso silêncio.

Pergunto-vos, e como todo bom advogado eu já sei a resposta. Essas pessoas são inconstantes ou inconscientes, entrando e saindo de sintonia com o Divino, com a mesma naturalidade que entram e saem do shopping, carregadas de bolsas, depois de confessar que estão vivendo uma fase de grande aperto financeiro.

Essas de quem vos falo são consumistas espirituais, conhecem todas as religiões e seitas, por já terem entrado e saído de todas elas, sem saber muito bem porque fizeram uma coisa e outra. Elas costumam adorar conversas sobre assuntos estranhos e se mostram curiosas a respeito de novidades ritualísticas que entram e saem da moda, mas de espiritualistas elas têm muito pouco ou quase nada.

Existem outras, meus atentos leitores, que, diante de uma novidade, são capazes de largar tudo e se dedicar ao estudo, até que os chamados do mundo material atraiam novamente suas atenções, fazendo-as desistir de aprender aquilo que parecia ser a salvação das suas almas.

Detenho-me nestas inconstantes e ansiosas transeuntes das vias espirituais, que percorrem seus caminhos por algum tempo e logo desistem. Elas ouvem o chamado da alma e se curvam diante do caminho iniciático. Mas, só por algum tempo.

Digo-vos, caros leitores, com toda a tristeza que, dentre essas, muitas seriam fiéis aprendizes e futuras discípulas, se fossem capazes de se desapegar dos bens materiais e cuidar mais da alma do que do corpo. Infelizmente, a grande maioria não consegue abrir mão dos seus sestros e badulaques, que penduricalham no corpo como Carmens Mirandas modernas.

As místicas e badaladas espiritualistas apegadas estão, de tal forma, ao plano físico que não têm coragem de trocar o consumismo duvidoso pela espiritualidade certa. Elas falam como seres espiritualizados, mas agem como infiéis profanas, que saem dos templos para as modas, como se essas fossem meras extensões dos outros.

Lamento muito por elas, amigos leitores, que ficam agoniadas, quando se afastam da sua vidinha presa à matéria, e, por algum curto espaço de tempo, se dedicam à alma mais do que ao corpo. Elas não conseguem resistir por muito tempo a esse afastamento da vida material, que lhes dá segurança, e acabam esquecendo os seus compromissos com os Mestres dos seus Raios e retornam ao Deus Dinheiro.

Quando percebo que isso começa a acontecer com quem estava começando a se empolgar com o seu aprendizado espiritual, realmente me entristeço e lamento por ela, mas nada posso fazer para obrigá-la a perseverar no caminho iniciático, pois cada qual tem o seu livre arbítrio para escolher a que Deus servir.

A maioria, quase a totalidade, daqueles que despertam para a vida espiritual, arrasta consigo um fardo pesado, de ser tentada pelas ambições do mundo materialista e estar sujeita às seduções das riquezas e do poder. E sucumbem à matéria, e a ela retornam mais afoitos e gananciosos do que antes, numa espécie de compensação pelo tempo perdido.

Ah, o medo, meus assíduos seguidores, o medo causa, senão todos esses estragos, a maioria deles! Medo de ficar pobre ou de perder o status social. Medo de ser despedido e ficar desempregado. Medo de não ganhar o suficiente e de depender dos outros. Mas, quase ninguém tem medo de não cumprir sua missão espiritual e transformar em fracasso a sua volta a este mundo.

Pobres seres humanos, que temem o secundário e desprezam o principal! Eles se esquecem que o que importa mesmo é a sua capacidade de enfrentar a vida sem medo e de confiar que a justiça divina irá proporcionar-lhes o que necessitam para sobreviver. Mas, para a maioria, isso é muito pouco, e entre a missão espiritual e a ambição material, não há dúvida em escolher o dinheiro e o progresso econômico.

Pobres e frágeis criaturas, julgando optar pela força, entregam-se a práticas que só as enfraquecem e as afastam do processo de evolução espiritual, que é a verdadeira razão por que estão no mundo! Mas, elas não confiam em si, nem crêem nos ensinamentos ocultos, e preferem lutar pelo ouro que podem perder, do que pela sabedoria e conhecimentos, que ninguém jamais poderá retirar-lhes.

E tu, meu curioso leitor, por onde andas? O que te deixa angustiado? Sentir-te pobre de dinheiro ou carente de espírito? O que te incomoda? Não ser tão espiritualizado quanto aparentas, ou não possuir toda a riqueza com que sonhas?

domingo, 23 de janeiro de 2011

O CAMINHO DA INICIAÇÃO

Meus assíduos leitores, o tema Iniciação é um assunto muito atual, por se tratar de um processo que está influindo na vida espiritual de muita gente, ainda que a grande maioria nem se dê conta disso.

O atual ciclo planetário está chegando ao fim, e um novo período cósmico está prestes a começar. A humanidade já está sentindo mudanças na sua maneira de ver a vida, e muitos dos seus antigos apreços estão sendo abandonados, substituídos por novos ideais de conteúdo essencialmente espiritual.

Muitas pessoas estão perguntando-se o que fazem neste mundo, porque estão enfrentando tantas dúvidas e inseguranças, e quais os motivos de se virem expostas a tantas e tamanhas violências. As mudanças geram crises, e essas promovem as mudanças. Os efeitos das crises cósmicas se refletem na humanidade, provocando crises e conflitos humanos.

Diante desse momento sensível e transformador por que vive a humanidade, decidi dedicar um tempo a falar da intensificação do processo iniciático que está ocorrendo no planeta Terra. Na última postagem, tratei do processo iniciático na sua origem, e agora o faço nas suas diversas etapas de evolução. Uma vez mais, sustento os meus argumentos nos sábios ensinamentos da grande estudiosa da alma humana, Alice Bailey, através do seu livro Iniciação Humana e Solar.

De acordo com a autora, a alma humana encarna durante uma longa sucessão de vidas completamente alheia aos seus desígnios espirituais mais evoluídos, somente dando os primeiros sinais de consciência espiritual quando demonstra uma tendência religiosa e, mais tarde, uma profunda devoção aos dogmas da sua crença.

Esse processo não ocorre isoladamente, mas em conjunto com milhões de almas encarnadas que, através de gerações e gerações, nascem, vivem, morrem e renascem, numa sucessão de idas e vindas ao plano físico, onde são chamadas a cumprir missões que as ajudam a evoluir.

Depois de um período mais ou menos longo, de muitas experiências e desafios, de lutas e sofrimentos, aprendizados e fracassos, o aprendiz se apresenta, numa determinada vida, diante do Portal da Iniciação. A partir deste instante, ele se torna mais próximo do mundo espiritual, por se sentir inspirado pelos Planos Superiores. Ele fica mais sensível às mudanças que ocorrem ao seu redor, não em função dos outros, mas da forma como passa a enxergar a vida.

Os primeiros passos foram trilhados no chamado Caminho Probacionário, depois foram os tempos de Discipulado e, finalmente, chega o grande momento da religação da Alma com o Espírito. A realidade é que nunca houve a separação, mas um enorme afastamento em que a ligação praticamente ficara interrompida.

Desde os tempos de Discipulado que já ocorrera um despertar para três intenções nobres de reaproximação do Humano com o Divino:

a. O desejo de servir à humanidade.

b. A intenção de cooperar com o Plano dos Mestres, ainda que de modo inconsciente, mais como um impulso interior do que como um ato de fé.

c. A determinação de seguir os ditames do seu Eu Superior, e não mais da sua manifestação tríplice inferior.

O aprendiz é aquele que, tomando os primeiros contatos com as verdades ocultas se sente atraído pelos temas esotéricos, e começa a ler e refletir sobre o assunto.

O discípulo é quem apresenta uma condição mais consciente dos seus ideais espirituais, conseguindo se enxergar como um ponto de luz que reflete o foco do seu Mestre.

O aprendiz é aquele que está no primeiro estágio do caminho iniciático, o discípulo já se encontra numa etapa mais avançada do processo. Mas, ambos já se soltaram dos laços que os prendiam à matéria e começaram a caminhar em direção ao Espírito, com o qual já mantêm seus diálogos silenciosos, em meditações e orações.

Um dia, de repente, o discípulo se vê num caminho estranho, cercado de situações novas e desapegado dos tradicionais valores materiais – o Caminho da Iniciação. Diz-se que ele morreu e renasceu em vida, ele já não é o mesmo, nem ele mesmo se reconhece.

O Caminho da Iniciação é percorrido em diversas etapas, que vão promovendo aos poucos a expansão do nível de consciência do caminhante. O discípulo se torna um peregrino, e não consegue mais parar antes de encontrar a si mesmo, e comungar com o seu Eu Divino.

Na primeira iniciação, ocorre o despertar dos arrependimentos, com a condenação de tudo que antes parecia normal, mas que só servia para alimentar os desejos e satisfazer os instintos inferiores. O canal entre a Alma e o Espírito começa a se abrir, e as mensagens vindas dos Planos Superiores começam a alimentar a mente do discípulo, que se sente cada vez mais estimulado a prosseguir a jornada e a vencer seus apegos materiais.

Cada discípulo se desenvolve dentro de um ritmo próprio, uns superam os apegos físicos com maior facilidade do que outros, mas, a todos, é comum o desejo de se tornarem dignos de serem chamados “filhos de Deus”.

Muitas vidas podem decorrer entre a primeira e a segunda Iniciação, dando tempo para que o controle do corpo astral seja aperfeiçoado e o iniciado esteja pronto a dar o próximo passo. Atingida a segunda Iniciação, o progresso será mais rápido, ocorrendo a terceira e a quarta Iniciação numa mesma vida, ou uma numa vida e a outra na vida seguinte.

Com a evolução da alma, a vontade de servir à humanidade se torna cada vez maior, e os desapegos se intensificam, fazendo do iniciado um altruísta, que é capaz de abrir mão dos seus direitos e valores a favor dos mais carentes e ignorantes.

Que não penses, meu perfeccionista leitor, que tudo ocorre numa ordem impecável, com cada virtude substituindo um defeito, e com cada raio de luz surgindo e iluminando aos poucos o campo áurico do iniciado. Nada disso! Cada discípulo se vê envolvido com experiências e desafios distintos, ainda que sigam uma diretriz comum, inspirados pelos Adeptos dos seus Raios, que auxiliam os Mestres nesse processo evolutivo dos seus Discípulos.

Durante as duas primeiras Iniciações, as crises são constantes, enquanto a personalidade e a alma se conflitam, cada qual buscando o seu próprio espaço, como se fossem oponentes, e não parceiras de um mesmo ideal. Mas, esses embates espirituais e psicológicos têm efeitos favoráveis ao processo, pois são as crises as verdadeiras responsáveis pelas nossas legítimas transformações. Sem crises, a natureza humana fica estagnada e presa aos conceitos passados. Na crise, busca-se romper com o que ficou para trás e a descobrir novos valores.

Na terceira Iniciação, também chamada de Transfiguração, a personalidade inteira é inundada de luz vinda do alto, passando a existir uma interação permanente da Mônada com a Alma. O alvo de todo o desenvolvimento espiritual é o despertar da intuição espiritual, e quando isto vier a se concretizar, então o iniciado estará em condições de manejar com sabedoria as suas faculdades psíquicas, e com isto ajudar o progresso da humanidade.

Nas duas primeiras Iniciações, o oficiante é o Cristo, o Instrutor do Mundo, aquele que foi um dos primeiros em nossa humanidade a atingir a Iniciação. A partir da terceira Iniciação, o oficiante passa a ser o Grande Hierofante, o Senhor do Mundo, Melquizedec.

Antes da quarta Iniciação, o treinamento é intensificado e os conhecimentos passam a ser adquiridos com enorme velocidade, uma vez que o iniciado passa a ter acesso freqüente à Biblioteca de Livros Ocultos, de onde extrai ensinamentos e revelações que só estão ao dispor dos mais graduados.

Depois da quarta Iniciação, o iniciado passa a contar com o auxílio direto do Mestre como também dos Chohans, do Bodhisattva e do Manu. Daí em diante, as respostas surgem em sua mente, sem que ele precise raciocinar ou tentar recordar o que aprendeu, pois o canal entre ele e o Mestre transporta, em tempo integral, os conhecimentos e as verdades entre o Plano Espiritual e o Plano Físico.

Agora, que sabes de mais alguns mistérios, meu atento leitor, está na hora de avaliar o teu grau de evolução espiritual, e tentar identificar-te mais e melhor com os Planos Superiores.

Outros graus de Iniciação existem, além do quarto. Mas, por enquanto, fiquemos por aqui, que já é o suficiente para quase toda a humanidade. Poucos, muito poucos, saíram da condição de postulantes e chegaram a aprendizes. Uma quantidade muito pequena existe de verdadeiros discípulos, em conexão direta com seus Mestres. E iniciados de fato e de direito, não nos é dado saber quão poucos atuam em nosso planeta.

A nossa peregrinação continuará pelos sagrados Caminhos da Iniciação. Espero ter-te ao meu lado, impaciente leitor, que gostaria de receber todos os conhecimentos de uma só vez, mas que terá de absorver cada ensinamento, sem pressa ou ansiedade.

Os Mistérios são para serem revelados, os Segredos, para serem guardados.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A INICIAÇÃO UNIVERSAL

Meu assíduo leitor, eu reconheço que a minha ausência se deu por um tempo maior do que gostaria, mas o início do ano fugiu um pouco do meu controle. Espero poder recompensar-te com um tema intrigante e instigante, do qual muitos esotéricos falam, sem ter a dimensão exata do que venha a ser.

Estou referindo-me à Iniciação Espiritual, um processo de expansão de consciência que se inicia sem que tenhamos controle da situação. De repente, tem-se a sensação de que alguma coisa diferente está acontecendo em nossas mentes, que os nossos interesses e apegos perderam o sentido e que novos questionamentos passam a ocupar os seus espaços.

Os nossos amigos e parentes já não nos vêem com os mesmos olhos, comentam nossas esquisitices e criticam nossos silêncios e solidões. Nós já não aceitamos os hábitos costumeiros dessas pessoas, que eram nossas companheiras de farras e brincadeiras, preferindo manter distância para evitar discussões e rompimentos.

Com esses sintomas, dá-se início à peregrinação da alma em direção ao Espírito. O peregrino começa a sua jornada sem saber para onde ir e porque ir. Negar-se a se pôr a caminho é motivo de frustrações e sofrimentos. Caminhar sem saber pra onde poderá angustiá-lo e dar-lhe medo do que encontrará mais adiante. Mas, ele não consegue parar, porque uma voz interior incita-o a prosseguir.

Assim tem início o que se denomina Iniciação, um caminho em direção a si mesmo, um mergulho para dentro da alma, um salto espiritual em busca do infinito. Sem querer, sem se preparar, sem planejar, o aprendiz começa a se interessar por adquirir conhecimentos que, até então, não lhe despertavam o menor interesse.

De acordo com a pensadora teosofista Alice Bailey, em seu livro Iniciação Humana e Solar, a Iniciação poderia ser considerada como uma forma antinatural de se evoluir espiritualmente. De fato, o ideal seria um despertar gradual da consciência humana, sem que se fizesse necessária a interferência da Hierarquia Planetária.

A expansão muito lenta da consciência espiritual da humanidade terrestre, porém, forçou a introdução de um método particular de desenvolvimento dessa espiritualidade, a partir da raça atlante. Essa interferência direta da Hierarquia perdurará por um longo período, até que três quintos da humanidade despertem para o caminho espiritual.

Nos planos ocultos, os seres das diversas hierarquias superiores ocupam-se em estimular o acesso dos aprendizes a energias sutis que deverão ocupar os espaços do excessivo materialismo que predomina na raça humana. As almas escolhidas para os primeiros movimentos iniciáticos foram as que se apresentavam mais sensíveis aos nobres ideais humanitários que precisam prevalecer nas relações humanas.

De acordo com Alice Bailey, o processo iniciático não é um privilégio do nosso planeta, ele ocorre também em outros dois planetas do nosso sistema. Além da Terra, Vênus e outro planeta não revelado encontram-se também envolvidos em semelhantes processos de expansão da consciência.

Vênus, por se encontrar num estágio mais avançado, ajudou a Terra, na implantação desse processo, assim como o nosso planeta, um dia, irá prestar auxílio na instituição de um processo similar num outro esquema planetário.

Comenta, ainda, a autora do livro, que nos esquemas planetários de Netuno, Urano e Saturno, o método da Iniciação não será empregado. Eles servirão para acolher os que tiverem alcançado sucesso em seus processos de evolução, nos seus respectivos planetas.

A conclusão a que chega a renomada teosofista é que, todos aqueles que tiverem atingido a expansão da consciência ideal serão considerados evoluídos espiritualmente e transferidos para esses planetas, onde deverão vivenciar experiências em padrões mais elevados de espiritualidade.

Afirma, por fim, a autora que, os que não vierem a atingir o nível ideal de progresso, reencarnarão em outros esquemas planetários, muito mais densos, e menos evoluídos. Lá, eles reiniciarão seus processos de evolução, a partir de estágios mais brutos e mais compatíveis com suas índoles ainda muito arraigadas ao plano físico e presas à matéria.

A chamada estrela Sirius, conhecida esotericamente como o sol Sírio, é o centro solar de onde emanam todas as energias cósmicas que influenciam esses processos de evolução humana do nosso sistema solar. Por isso, considera-se na Doutrina Secreta que Sírio é o sol central do nosso sistema solar, existindo outros sistemas solares a ele relacionados e sob sua influência iniciática.

Outro tipo de energia, ainda na explicação de Alice Bailey, vem das Plêiades e influencia a iniciação em nosso planeta depois de passar pelo esquema venusiano, da mesma forma que a influência da energia de Sírio passa através do esquema de Saturno.

Calma, meu confuso eleitor, eu não pretendo dar nó na tua cabeça, apenas deixar registradas certas revelações ocultas que, mais tarde, possam servir de parâmetros para futuros estudos esotéricos. O aprendiz começa achando tudo muito complicado, até que, sem que perceba como e quando, passa a entender tudo direitinho.

Agora, é procurar identificar os sintomas iniciáticos e fazer o diagnóstico preventivo, antes que procure um médico, que há de enchê-lo de remédios contra disritmias e alucinações. O iniciado é “um louco”, se comparado à lucidez reinante neste planeta. Não aceite passar por doente mental, só porque vê coisas que os outros não vêem e porque não dá a mínima para valores que todo mundo dá a vida para conquistar.

Dias virão em que, alguns serão exaltados e outros condenados; o bonzinho será mandado para um planeta atrasado e o esquisito estará ocupando o seu espaço num planeta evoluído. Quando esses tempos chegarem, os aprendizes já terão passado da condição de discípulos para a de iniciados em alto grau de evolução, trabalhando para os Mestres dos Seus Raios e prestando serviços aos que ainda não tiverem conseguido atingir um nível de consciência mais evoluído.

E tu, meu atento leitor, de que lado tu pretendes estar?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A AMEAÇA DAS SACOLAS PLÁSTICAS


TEIA AMBIENTAL - A ameaça das sacolas plásticas
Rede de Conspiradores Preservacionistas


Meus ecológicos e conscientes leitores, o ano começa com uma bela notícia que precisa ser comemorada por todos nós ambientalistas – as sacolas plásticas estão proibidas em toda a Itália.

O Governo italiano baixou uma lei que proíbe, a partir do dia 1 de janeiro de 2011, os supermercados, as lojas e qualquer meio de comércio a fornecer sacolas plásticas a seus clientes. Antes da lei, as lojas já estavam cobrando R$ 0,05 por sacola, agora, elas só poderão fornecê-las até que acabem seus estoques, e gratuitamente.

Alguns países como França, Dinamarca, Irlanda, China e Suíça já vêm tomando medidas para a restrição do uso dessas sacolas que são consideradas grandes poluidoras ambientais. Essas medidas restritivas vão desde a cobrança de taxas aos clientes até a sua efetiva proibição.

A China proíbe a distribuição gratuita e exige o uso de um material plástico mais resistente, que torne a bolsa reutilizável, ao custo de R$ 0,20 por unidade. A Irlanda, desde 2002, instituiu a cobrança pelo uso de sacolas plásticas, conseguindo reduzir o consumo em 97%. Nos Estados Unidos, a cidade de S. Francisco baniu as sacolas plásticas, desde 2007, passando a fazer a coleta do lixo em coletores seletivos que não aceitam essas sacolas. O lixo deve ser embalado em papel, jornal ou sacos feitos de matéria-prima orgânica renovável.

O mundo inteiro está mobilizando-se para enfrentar essa batalha contra a poluição do planeta. No Brasil, as sacolas são uma praga, uma autêntica epidemia. As autoridades pouco se manifestaram sobre a necessidade de se restringir seu uso, e a clientela cobra do comércio o fornecimento de sacolas para qualquer produto que seja adquirido, sem levar em conta que, muitos deles, por seu tamanho reduzido, podem ser colocados no bolso ou numa bolsa a tiracolo.

No Rio de Janeiro, foi criada, recentemente, uma lei que proibirá aos poucos, em diversas etapas, até restringir completamente, o uso das sacolas plásticas. As pessoas mais conscientes sabem que não se pode continuar usando produtos poluidores, ainda que facilitem a vida da população. As indústrias precisam tomar iniciativas criativas e saírem atrás de matérias-primas mais condizentes com essa nova postura ambiental que está sendo cobrada de toda a sociedade.

Não basta reciclar, como muitos acreditam ser a solução para os males ambientais. É necessário reduzir o consumo, preservar as nossas reservas, economizar energia e adotar atitudes ecologicamente corretas.

As indústrias de reciclagem estão crescendo e investindo cada ano mais recursos para a ampliação dos seus parques industriais. Elas vêm apresentando altos faturamentos e grandes lucros, comprovando que é lucrativo investir no lixo.

As sociedades estão começando a tomar consciência que precisam separar seu lixo e encaminhá-lo para depósitos de lixo reciclável, de onde sairão para essas grandes indústrias recicladoras. O lixo orgânico deverá ter um destino diferente, exigindo, muitas vezes, recursos públicos, para ser transformado em adubo, e vendido ou distribuído para pequenos produtores agrícolas.

As casas com quintais vêm desaparecendo, surgindo nos seus lugares grandes edifícios, o que vem inviabilizando a tradicional solução dos moradores enterrarem os seus lixos, como seria recomendável para a destinação do lixo orgânico.

Os moradores das grandes cidades não sabem lidar com situações que exijam posturas ambientalistas, preferindo transferir para o serviço público a solução desses problemas, que acabarão por retornar às suas vidas em forma de graves problemas sociais.

Em todas as grandes cidades do mundo, o lixo está tornando-se o problema mais grave e o mais difícil de ser solucionado, por implicar em altos investimentos públicos e profundas mudanças de hábito da população. As autoridades costumam alegar falta de recursos e os cidadãos culpam os governantes por empregar mal os impostos recolhidos.

Essa intolerância de ambas as partes está sendo resolvida na maioria das nações através de leis que proíbem ou cobram novas posturas das populações. As leis são formas vigorosas de obrigar a sociedade a mudar de comportamento diante da crescente produção de lixo. Se houvesse mais ações espontâneas por parte da população, e maiores estímulos criativos por parte dos governos, a humanidade poderia fazer do desafio do lixo uma grande lição de vida para se viver com menos e melhor.

Quem sabe se essas medidas coercitivas não acabam por despertar nas populações urbanas uma consciência mais clara do risco que estão correndo, e de como poderiam contribuir para diminuir e até eliminar grande parte desses riscos.

A Itália deu um grande salto nesse sentido. Outras nações já haviam dado os primeiros passos. O planeta precisa ser preservado do lixo produzido pela sociedade contemporânea. E a sociedade precisa preservar sua saúde desses riscos a que está expondo-se por não cuidar do lixo que produz.

Governantes e governados têm responsabilidades nesse desafio que é de todos. Alguns cidadãos já estão fazendo a sua parte, separando o lixo e encaminhando-o a centros de reciclagem. Outros, mais do que isso, estão comprando menos produtos supérfluos ou rejeitando os que possuam embalagens em excesso, que só aumentam o volume do lixo.

A recusa de embalagens nocivas ao meio-ambiente é uma atitude que qualquer cidadão pode tomar. Não é preciso esperar a proibição dessas sacolas plásticas no seu país, estado ou cidade. Tu que estás lendo e concordando com minhas palavras podes começar já a fazer algo mais a favor da natureza. Ou vais ficar esperando que a lei te obrigue a fazer o que é da tua alçada assumir como tua responsabilidade pessoal?

Saudemos a Itália e os demais países que saíram na frente nessa batalha pela vida. E saudemos a vós, meus ecológicos leitores, que já tendes diversas ações espontâneas para dar a destinação correta ao vosso lixo. A natureza se torna mais sadia, enquanto o planeta agradece.

sábado, 1 de janeiro de 2011

ANDROGINIA - A MÍSTICA SEXUALIDADE DA NOVA ERA



Meus pudicos leitores, eis-nos diante de um tema que pode deixar-vos constrangidos, mas não há como escapar dele, pois ele está na mídia, e por causa dele estamos convivendo com opiniões e posturas inteiramente afastadas do bom senso e da razão.

Vivemos num mundo polarizado, e as ciências ocultas afirmam que todo o Universo é regido pela bipolarização. Segundo os ensinamentos cabalísticos, “tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos”. De acordo com o Princípio de Gênero, um dos Sete Princípios Herméticos, todas as coisas e pessoas contêm em si os dois Elementos, o Masculino e o Feminino, e a tradicional filosofia oriental identifica em tudo as energias yin e yang.

Os machos também contêm o Elemento Feminino e as fêmeas, o Elemento Masculino. Essas presenças polarizantes, ocorrem não somente no Plano Físico, mas também nos Planos Mental e Espiritual, e são responsáveis pela “geração” no Plano Físico; “regeneração” no Plano Mental e “criação” no Plano Espiritual.

Percebestes que acabo de despertar em vós, meus atentos leitores, uma centelha de maldade e um sentimento que distorce e vulgariza tudo que se refere ao comportamento sexual? A vossa mente, e somente ela, é a responsável por conspurcar esses conceitos sagrados, que não explicam e nem justificam a luxúria, a depravação e a perversão dos princípios da Natureza. O homem rejeita o seu feminino, como uma presença ofensiva à sua condição de macho. E isso deturpa e degrada a sua condição espiritual, e dá espaço a suposições maldosas.

Na Numerologia da Alma, o masculino é o número 1 e o feminino, o número 2. A estrutura numerológica ideal é aquela que contém não um ou outro número, mas todos eles, numa convivência harmônica perfeita, tanto no nome como na data de nascimento. As presenças em convívio íntimo, dos números ímpares, os masculinos, com os pares, os femininos, devem ser vistas como reuniões saudáveis e favoráveis ao perfeito equilíbrio humano.

No ato da reencarnação, uma alma ganha um corpo físico, que poderá ser do mesmo sexo da sua última vida, ou não. Essa transição de um sexo para outro, de uma encarnação para outra, não deveria criar embaraços à personalidade, ainda que exija dela uma adequação mais rigorosa do que se a encarnação seguinte vier a ser com o mesmo sexo. As mudanças de sexo entre umas encarnações e outras têm a finalidade de proporcionar às almas experiências em ambas as polaridades, favorecendo o processo de evolução da alma.

Algumas almas se prendem muito a um determinado sexo, e acabam tendo dificuldades para assumir um sexo diferente, na encarnação seguinte. Às vezes, elas vêm encarnando por duas, três ou mais vidas sempre com o mesmo sexo, e custam a se adaptar ou relutam a aceitar o novo sexo.

Tudo está em permanente vibração neste Universo, tudo é energia, mais sutil ou mais densa, porém energia pura. O corpo físico é uma massa de energia densa, identificado por um sexo, que será assumido por uma determinada personalidade, na qual a alma estará encarnada, para adquirir novos conhecimentos.

A presença de energias conflitantes masculinas e femininas poderá confundir a mente que governa o corpo físico, mas não deveria fazê-lo de forma tal que desviasse o rumo da missão e mudasse o projeto espiritual para a evolução da alma. Se isso acontecer, deve-se atribuir a desvios e fraquezas, resultantes do processo de desenvolvimento e amadurecimento da personalidade.

Uma personalidade masculina poderá intimidar-se, diante de uma missão que a exponha a situações de riscos que não estava acostumada em vidas passadas, quando encarnou como mulher. E, em tal situação, refugiar-se no passado e assumir um comportamento feminino. O mesmo poderá ocorrer, numa situação inversa, de uma personalidade feminina que se refugie num perfil masculino.

Essas reações de conflito sexual não são motivos determinantes para posturas homossexuais, que provoquem uma atração erótica e um desejo de relação física com parceiros do mesmo sexo. Existem sentimentos de amor homossexual que não predispõem a relações sexuais, como entre mãe e filha, pai e filho e entre irmãos.

De acordo com as revelações dos mistérios contidos na literatura esotérica, a humanidade caminha para a androginia que, segundo o psicólogo Carl Jung, seria uma integração dos pares de opostos, o masculino e o feminino, animus e anima, numa única pessoa.

Os andróginos podem ter características físicas e comportamentais de ambos os sexos, tornando difícil definir-lhes o sexo somente pela aparência. Muitos atribuem a eles a homossexualidade, o que não está correto, pois a androginia é um caráter comportamental e psicológico, jamais uma tendência homossexual.

A androginia, portanto, é uma condição psíquica, em que o homem ou a mulher não se identifica nem com um nem com outro sexo, e age como se fosse mentalmente híbrido, o que se reflete na sua maneira de se comportar. Os andróginos possuem, por sua própria natureza, aptidões artísticas e inspirada criatividade, especialmente no campo musical. E costumam apresentar Q.I. muito elevado e profunda percepção do meio onde vivem.

Acredito que já deveis estar encontrando muitas semelhanças entre os andróginos e os homossexuais, não é, meus questionadores leitores? Não vos contradigo, nem vos apoio, apenas vos peço um pouco menos de emoção, para a vossa conclusão.


De emoção barata a sociedade já está cansada, pela forma como o assunto é conduzido por todos os noticiários em análises superficiais e grotescas, em que se misturam as tendências homossexuais, as andróginas e as popularescas do movimento gay, enfiando tudo num só e verdadeiro saco de gatos.

Confesso-vos, meus ingênuos leitores, que não estou aturando a imprensa sensacionalista que tomou conta do noticiário neste país. As notícias deformam, não informam. Os jornalistas, quase todos muito jovens, são de uma estupidez cruel. Eles nada sabem, escrevem mal, dizem bobagens e obedecem quase rastejando as ordens do editor.

A mídia adora escândalo, e hoje em dia o exibicionismo gay e a pedofilia são as notícias mais exploradas pelos noticiários. Não há consistência investigativa, não há substância analítica, pensando bem, não há nada que preste, somente o desejo de chocar.

Eu estou cobrando respeito às pessoas que pensam e sentem de forma diferente. O homossexual, aquele ser que convive com seus conflitos existenciais, merece mais respeito e não pode ser confundido com os escandalosos gays, que saem pintados e fantasiados, num exibicionismo ridículo.

O homossexual é uma criatura sensível, não importando se homem ou mulher. Ele não sente a mesma atração física das pessoas do mesmo sexo, mas o amor é o mesmo. Ele sabe que a sua preferência contraria o seu corpo físico, mas que os seus valores espirituais devem prevalecer pois há uma missão a cumprir.

Muitos dos chamados homossexuais são pessoas equilibradas, sensíveis, criativas e muito perceptivas, aproximando-se dos seres andróginos, e, quem sabe, sendo um deles, sem se darem conta disso. A sua maneira diferente de procurar o prazer físico, através da arte, da cultura e da valorização do bom e do belo, os tornam muitas vezes inibidos e marginalizados na sociedade, provocando-lhes fugas e depressões. Confundir esses seres de tendências sensíveis com os chamados gays é como misturar alhos com bugalhos.

Quando o nº 1 e o nº 2 se confundem em suas identidades, e se deixam atrair por ações do nº 3, a busca do prazer, e do nº 5, aventuras, paixões e vícios, o que seria um mero conflito de personalidade pode tornar-se um triste passo para a decadência moral.

Creiam-me, amáveis leitores, os verdadeiros homossexuais estão muito mais próximos dos futuros seres andróginos do que a maioria dos heterossexuais. Enquanto, se resguardam em suas vidas interiorizadas, como um nº 7, intelectuais, sensitivos e solitários, muitos deles andróginos, mas rotulados como homossexuais, e verdadeiramente discriminados na sociedade, eles levam uma vida contida, equilibrada e discreta. Desses, a mídia não se ocupa, pois não dão notícia porque não provocam escândalos.

Garanto-vos, fiéis leitores, ser homo e não heterossexual, muitas vezes, é uma questão de inadaptação da personalidade, diante da seqüência de encarnações com um sexo diferente daquele com que veio a encarnar. Isto, porém, mais se aproxima de uma futura evolução da humanidade, em busca do ser andrógino, do que dá motivos a graças e trejeitos de grupos que se dizem perseguidos.

Da mesma forma que não teria nenhum sentido patrocinar movimentos machistas ou feministas, também é algo descabido promover desfiles e paradas gays. A mídia adora escândalo, e mais ainda quando pode dar a impressão de estar lutando pelos direitos de minorias.

Os andróginos são os futuros seres que irão predominar na humanidade, não importando se nascendo homens ou mulheres. Se tiverem corpos físicos masculinos serão homens com sentimentos, percepções e emoções femininas. Se encarnarem com corpos femininos serão mulheres seguras, firmese líderes no meio em que vivem, sem perderem a postura e a graça feminina. Eles serão designados pelo número 9, por serem altruístas, conscientes, caridosos e humanitários; firmes e sensíveis; líderes e pacíficos.

O processo gay é uma fase de transição, época de conflitos entre um extremo e outro. De um lado a heterossexualidade radical de outro a homossexualidade transitória. O ser andrógino é o futuro pacificador e mediador desse conflito, o que atingirá o equilíbrio perfeito entre o masculino e o feminino.

Está na hora de deixar de lado a hipocrisia e cada um assumir os seus acertos e desacertos, e principalmente os seus karmas de outras vidas.

Fingir-se de bonzinho e ter pena de quem é diferente, dá uma sensação de generosidade e heroísmo. Mas, a verdade é outra, caro leitor, não é o que está estampado na internet ou mostrado na telinha global.

A Terra está imersa num intenso processo de transformação, afetando toda a raça humana, e a sexualidade não irá permanecer isenta a essas mudanças. No entanto, os exageros só interessam aos que manipulam as notícias e que fazem dos escândalos suas fontes de lucros. Todos nós temos o yin e yang em nossos corpos, mas almas não têm sexo. E o ato de viver é uma eterna busca de satisfazer os ideais da alma. O resto é fantasia, mera fantasia, e colorida demais.