quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Sonho de um dia de verão


Assim como Shakespeare usa do direito poético de confundir os amantes, no seu Sonho de uma noite de Verão, é nosso dever, invocando o poder sagrado da Numerologia, adotar uma linha inversa, que ajude a clarear a mente dos amantes.

Na literatura ou no mundo real, é o poder emanado das nossas mentes que cria a realidade e determina o caminho a seguir. Tragédias e romances amorosos nascem, vivem ou morrem, por vontade daqueles que neles se envolvem. Ninguém pode mudar o nosso destino, sem contar com a nossa omissão, diante da interferência alheia, já que o destino de cada um é a sua própria missão.

Os livros, assim como os noticiários, narram fugas de amantes, para viver uma grande paixão. Às vezes, lemos que, submetidos a pressões, esses amantes amargam uma sofrida separação. Outras vezes, diante da separação, os amantes preferem a morte.

Nos livros, os autores criam imagens e dão aos personagens, o destino que melhor lhes convêm. Na vida real, cada um é dono do seu próprio destino, e não pode transferir para ninguém a responsabilidade pelo que fizer ou deixar de fazer. Mas, duro mesmo, é saber o que fazer, quando se vive uma grande paixão! Aí, o melhor é recorrer à sabedoria contida na ciência dos números, que aponta caminhos ou ergue barreiras, sinalizando o que deve ser feito, numa linguagem sagrada que, se bem interpretada, responderá a todas as nossas dúvidas.

Ah, um amor de verão! Quem não viveu um amor de verão? Quem nunca sentiu aquela paixão ardente, que faz perder a razão e cria fantasias delirantes, tendo como cenário uma praia tropical com suas areias abrasadoras? É o calor da paixão, o amor à primeira vista, mexendo com os nossos sentidos! É a magia da sedução, o poder de encantamento, a conquista e a aventura, tudo alimentado por impulsos incontroláveis, despertados por uma irresistível atração pelo desconhecido!

Ah, o amor! Mas, será mesmo amor?

Quando o 3 e o 5 se juntam, os sentimentos costumam ficar fora de controle, fazendo surgir sofridos romances e violentas paixões. O 3 é um sonhador, um romântico inveterado, um inspirador de sonhos e de ideais, nem sempre possíveis de se concretizar. O 5 é um aventureiro, um eterno viajante, inquieto e instável, sempre em busca de sensações novas, não se fixando muito nos locais por onde passa, ou nas pessoas com quem convive.

Esse encontro romântico do 3 com o 5 propicia paixões e aventuras tão intensas, quanto fantasiosas, que, às vezes, até parece amor. Essas paixões explosivas, que nascem no calor das férias ou durante uma viagem de repouso, costumam arder como fogo de palha, que provoca labaredas e vira brasas frias, numa fração ínfima de tempo.

Escândalos e traições também são comuns, quando se confunde amor com paixão, fazendo despertar antigos karmas de rompimentos amorosos e adultérios, ocorridos em vidas passadas, e simbolizados pelos números 14 e 16.

Mágoas, decepções, desenganos, são heranças desses apaixonantes amores de verão. Às vezes, esses sentimentos provocam um forte retraimento amoroso, levando à solidão e a recusas de novas experiências amorosas.

Aí, entra em cena o n. 7, com o culto à solidão e ao silêncio, quando a ciência e a religião se encontram, numa celebração mística da união da matéria e do espírito. Com o 7, vem também o resgate de velhos karmas do 16, relacionados a egoísmo, orgulho e vidas auto-centralizadas. É comum a fuga dos grandes centros e a procura de refúgio no campo, em contato direto com a natureza, numa espécie de purificação kármica.

O 7 costuma provocar grandes mergulhos no fundo da alma, atrás de respostas para os nossos segredos ocultos e para a compreensão dos instigantes enigmas da vida.

Surge, então, o místico, o mago, a bruxa, o sacerdote e a sacerdotisa dos rituais secretos, o guardião do portal do templo e a revelação dos grandes mistérios. Calado e solitário, aquele que vive sob a influência do 7 já não se dá conta que o mundo lá fora está chamando-o para novas aventuras e românticas paixões.

O solitário pode, porém, fazer-se um celibatário, cultivando a vida a sós, afastando-se da família e recusando qualquer relação amorosa mais consistente e duradoura. Esta recusa pode ser consciente ou não, mas sempre provocará uma enorme dificuldade de experiências a dois, devido a um critério muito rigoroso de julgar os outros e a uma rejeição quase absoluta de expor a sua privacidade a uma pessoa estranha, ainda que sinta por ela algum sentimento amoroso. O solteirão ou a solteirona são a exacerbação do 7, a total recusa de compartilhar espaços e ideais, enfim, é o culto ao isolamento e à vida à sós. Perde-se, muitas vezes, o contato com o mundo exterior, e em conseqüência corre-se o risco da perda de boas oportunidades sociais e profissionais.

O reverso desse infortúnio é o bom uso do poder mental do 7 para passar conhecimentos, desenvolver pesquisas e sintonizar os planos ocultos, fazendo surgir o especialista, o pesquisador, o ocultista e o mestre espiritual.

Entre uma hipótese e outra, surgem os karmas do n.19, cobrando dívidas de outras vidas, num eterno perde e ganha, até que se aprenda a respeitar tanto os créditos alheios, quanto valorizamos os nossos.

Mas, e o eterno sonho de amor, o tema central do nossos encontros de verão, como ele é interpretado pela Numerologia da Alma?

Se a paixão seria um sentimento impulsivo e descontrolado, simbolizado pela conjunção do 3 e do 5, o amor consistente e duradouro é regido pelo n. 6, que integra a mística dos amantes a uma vida compartilhada, envolvendo família, lar e filhos.

Através do 6, o amor assume uma relação mais abrangente do que uma simples atração física ou um inconsequente sentimento passageiro. O 6 estabelece responsabilidades entre os amantes, provoca mudanças estruturais no modo de cada um passar a ver a vida e cria compromissos mútuos de estender a união, para dar lugar a um lar, a uma família e à geração de filhos. Surge, a partir daí, uma nova forma de relação para definir o amor, que pressupõe direitos e deveres espontâneos, sem sofrimentos ou sensações de perda de liberdade.

Existem os ciclos de casamento, como também existem os do divórcio. E cada um deles tem uma finalidade construtiva, jamais pretendendo punir ou sacrificar.

Um ciclo 6 anuncia o plano da alma de casar, para cultivar o sentimento de amar, de uma forma responsável e compartilhada, mediante a troca de experiências e a superação de desafios comuns.

Quando o 9 surge no primeiro ciclo de vida, sabe-se que será difícil manter o casamento, e uma separação ou um divórcio pode acontecer. Haverá muitas tentativas de união, mas também muitos fracassos e separações. São aquelas almas que não valorizaram as relações amorosas, em vidas passadas, e que agora lutam para manter os seus relacionamentos e, por mais que tentem, nem sempre conseguem sustentar uniões duradouras.

O fato de provocar esses conflitos, quando rege o primeiro ciclo de uma pessoa, não quer dizer que o 9 seja um número que não favoreça o amor. Mas, pelo contrário, ele é uma vibração amorosa de alto grau, relacionada ao amor universal, o amor humanitário, o amor voltado mais para a coletividade do que para si mesmo. Os efeitos separatistas do 9 num primeiro ciclo se explicam por ser ele um número terminador e não iniciador, uma energia de fechamento e não de abertura. Assim, quando ele surge no início da vida, ele é forte demais para que as pessoas suportem suas exigências de despojamento e dedicação aos outros, mais do que a si mesmo.

O 6, portanto, é o número do amor pessoal, aquele sentimento dedicado a uma ou a algumas pessoas. É o amor à família, aos amigos e àqueles que são mais chegados.

O 9 expressa uma outra forma de amar, mais ampla, menos pessoal. É o amor a todos, e não a alguns apenas. É o amor à humanidade, a quem nunca se viu, com quem jamais se falou. Ama-se, porque todos são reconhecidos como partes de nós, ainda que nada se saiba a respeito deles.

O 6 é o símbolo do amor pessoal, enquanto o 9, do amor coletivo. O 6 é o instigador dos sentimentos generosos e bondosos, que fluem nas relações domésticas, geram e alimentam os filhos e se estendem à comunidade mais próxima.

O 9 é o símbolo do amor espontâneo, sem causa lógica, nem explicação concreta. Ama-se a qualquer um que esteja carente de ajuda, ama-se porque não se admite discriminações, nem censuras e perseguições, muito menos violências e torturas. Ama-se não a este ou àquele, ama-se à humanidade inteira.

O 6 e o 9, ambos, são números de amor, e são eles os legítimos símbolos numerológicos que expressam esse sentimento sagrado, sinônimo da própria vida e semente da criação divina.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Entre a Matéria e o Espírito


A Numerologia, como produto de consumo fácil, tomou um caráter meramente figurativo.
A simples manipulação de fórmulas numerológicas faz com que muitos se julguem e se digam numerólogos. Falta-lhes, porém, a essência filosófica, o embasamento espiritual, sem o que, tudo não passa de um mero joguinho de possibilidades.
Os números simbolizam energias, e nos dão acesso a elas, desde que saibamos lidar com o conteúdo espiritual dos conhecimentos absorvidos, quando analisamos as mensagens neles contidas.
Pitágoras não era um advinho, profeta ou vidente, ele era um Mestre, um ser com dons crísticos, que como outros avatares, tinha o domínio sobre os 3 mundos. Ele agia no Físico, conectado ao Mental e inspirado no Espiritual.
A Numerologia de Pitágoras não era um instrumento de conquistas ou manipulações, mas uma doutrina filosófica, cuja sabedoria se inspirava nos poderes ocultos revelados pelos números.
Os Versos de Ouro, que postamos no mês passado, é um maravilhoso exemplo dessa filosofia, que reúne princípios éticos, morais e espirituais.
O uso indiscriminado da ciência dos números, para buscar benefícios ou alterar a relação de causas e efeitos, não passa de lamentável prática de magia negra, apesar de, na maioria das vezes, ter suas origens em visões ingênuas de criaturas despreparadas, que devem ser perdoadas, por não saberem o que fazem.
A leitura aprofundada dos Versos de Ouro, que pode não ser bem entendida por muitos, revela ensinamentos e transmite conhecimentos que são desconhecidos de grande parte dos pretensos numerólogos, que se exibem na mídia, prometendo mundos e fundos, mediante pequenas fortunas.
Os incautos e ambiciosos são as vítimas mais fáceis de serem iludidas, por agirem sob os impulsos da curiosidade ou da ganância.
Não se iludam, os milagres não existem. Milagres são, em verdade, direitos ou méritos que foram conquistados, através de sucessivas vidas, e que aproximam os beneficiários de seus ideais, sob a permanente proteção e intervenção de poderes ocultos aos nossos olhos.
Imaginar que a troca de um número no nome ou na casa onde moramos, pode mudar a nossa vida é uma dessa crenças tolas, que só demonstram o desconhecimento das Leis de Deus.
Se não houver uma origem kármica que justifique os efeitos pretendidos, não haverá número que remova os obstáculos do caminho. E aqui utilizo a expressão kármica, com um sentido amplo, que tanto pode ser positivo, quanto, negativo.
A ingenuidade das pessoas, quando se põem em busca de respostas para as suas vidas, costuma chegar ao ponto crítico, de extrema gravidade, de se entregar nas mãos de qualquer aprendiz de feiticeiro, que se diz poderoso e capaz de mudar a vida dos seus fiéis seguidores.
Desconfiem de quem promete conquistas fáceis, sem trabalho, esforço e independência. Afastem-se daqueles que exigem submissão a seus caprichos e ordens. Às vezes, esses magos cinzentos têm até algum poder, que favorece certos ganhos ou sucessos, mas tudo isso a um preço muito caro, que poderá ter de ser pago, ao longo de sucessivas futuras encarnações.
Os números não podem ser manipulados, por serem expressões divinas de um mundo oculto, no qual tudo é energia, onde matéria e espírito se confundem, revelando a presença divina em tudo e em todos. Aquela frase crística : "Deus não está aqui, nem ali, Ele está dentro de cada um de nós", resume bem isto que estou tentando dizer. Lao-Tzé, na sua filosofia taoísta disse algo semelhante, assim como Gautama e outros seres iluminados que já passaram pela face da Terra.
Sendo divino, o número não pode ser manipulado pelo homem. Seria muita pretensão, acreditar-se que um conhecimento meramente intelectual, com a mudança de energias de lugar, pudesse modificar toda a estrutura da Obra divina, para a evolução da humanidade.
Enquanto continuar buscando soluções fáceis, para satisfazer suas ambições, a criatura humana permanecerá mergulhada nesse mundo caótico, em que todos estamos metidos, por nossa própria culpa.
Procurem conhecer melhor os fundamentos da Numerologia da Alma, com todo o conteúdo filosófico do Mestre Pitágoras, no qual está a verdadeira sabedoria do bom uso da magia dos números para a expansão do nível de consciência da humanidade.
Não percam de vista os números kármicos, não menosprezem os números mestres e tenham em mente a missão de cada um. Ninguém é mais sábio do que verdadeiramente é, nem mais ignorante do que já foi. Insistir nos erros, como diz o refrão popular, é burrice. O fracasso não está em não conseguir cumprir a missão, mas em desistir da luta.
Os números são nossos auxiliares invisíveis, que balizam os nossos caminhos e nos orientam em direção à missão. Não os façam de bengalas, para o apoio de suas preguiças e omissões, nem muito menos de lenha para as fogueiras de suas vaidades.
Estudem o poder dos números e se tornem pessoas mais sábias e mais dignas do respeito e do amor dos Mestres. Ponham em prática esses aprendizados e conquistem o reconhecimento dos seus conhecidos, amigos e parentes.
E nunca se esqueçam que, ninguém consegue enganar a si mesmo. Todos sabemos dos nossos limites, fraquezas e fracassos. Por isso, não se atrevam a cometer erros, mesmo se estiverem sozinhos, longe das vistas de todos, porque sempre haverá alguém testemunhando para a sua condenação - VOCÊ.
Até uma próxima reflexão.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A Doutrina do Mestre em Versos de Ouro





Versos de Ouro de Pitágoras.
por Lísis de Tarento.
Tradução de Luis Antônio de Azevedo - 1795.

1. Honra primeiramente os deuses imortais conforme o grau de preminência, que tem destinado a lei às suas jerarquias.
2. Respeita com igual observância o juramento; depois venera os heróis cheios de bondade e de luz.
3. Rende também esta mesma veneração aos demônios subterrâneos, dando-lhes o culto, que legitimamente lhes é devido.
4. Honra com semelhante obséquio a teu pai, e a tua mãe e a teus parentes mais chegados.
5. Entre a multidão dos outros homens, tu com a tua virtude faze-te amigo de todo aquele que por ela mais se distingue.
6. Cede sempre às suas brandas advertências e relevantes ações.
7. E não te ponhas logo, por qualquer leve falta, mal com teu amigo,
8. Enquanto puderes; porque o poder mora junto da necessidade.
9. Sabe pois que assim te incumbe observar estes preceitos; mas vai contraindo hábito de vencer as paixões.
10. E primeiro que tudo a da gula, e do sono; também a da concupiscência.
11. E da ira. Nem jamais cometas ação alguma torpe, nem com outrem,
12. Nem contigo só em particular; e sobretudo peja-te de ti mesmo,
13. Em consequência disto, assim nas tuas ações, como nas tuas palavras, costuma-te a praticar a justiça,
14. e a te não portares em coisa alguma com imprudência.
15. Mas faze sempre esta reflexão, que decretado está pelo Fado a todos o morrer;
16. E que os bens da fortuna se costumam efetivamente umas vezes adquirir, outras perder.
17. No tocante ao grande número de misérias da vida, que os mortais padecem por divina fortuna,
18. Já que te é força te caiba delas por sorte alguma parte, sofre-as todas com ânimo resignado, e não te mostres impaciente.
19. O que porém te importa fazer é sanear a quebra dessas desventuras, quando estiver na tua mão; e nestes termos considera :
20. Que o Fado nem por isso permite que sobre as pessoas de bem venha grande tropel destas calamidades.
21. Ora ouvem-se fazer entre os homens muitos discursos, uns bons, outros maus;
22. Por cuja causa, nem te acovardes no exercício da virtude, nem te deixes acaso
23. Apartar do teu modo de viver; mas se por ventura se proferir alguma falsa proposição.
24. Arma-te de paciência, usando com todos de brandura. Cumpre à risca em tudo e por tudo com a máxima que te vou já inculcar:
25. Ninguém te arraste, nem por palavra, nem por obra de modo algum
26. A fazer ou dizer o que te não é conveniente.
27. Consulta e delibera sempre antes de obrar, para que não chegues a pôr em execução algumas ações ineptas, e temerárias.
28. Porquanto é de homem estolidamente desgraçado não só obrar, senão também falar sem tento, nem consideração.
29. Mas tu efeitua sim antes coisas tais que ao depois te não sirvam de tormento.
30. E não te metas a fazer coisa alguma das que não sabes; mas aprende
31. Tudo quanto cumpre saber, e deste modo passarás uma vida mui alegre e deleitosa.
32. Nem é justo, quanto ao penso do corpo, haver descuido na conservação da saúde dele;
33. Mas importa guardar uma justa mediania tanto no beber como no comer e nos exercícios.
34. Dou pois o nome de mediania a tudo aquilo que te não causar moléstia, nem aflição.
35.Costuma-te por isso a ter um tratamento aceado sim e decente, mas sem delicadeza, nem luxo.
36. E guarda-te muito de fazer qualquer daquelas ações, que trazem consigo a repreensão e vitupério de todos os homens.
37. Não faças gastos fora de tempo, como quem está muito alheio do decoro;
38.Nem tampouco sejas mesquinho. Por onde a mediania em todas as coisas é ótima.
39. Assim que faze só aquelas coisas que te não prejudicarem e considere-as bem, antes de as pores por obra.
40. Nem dês entrada ao sono em teus lânguidos e cansados olhos,
41. Senão depois de examinares a consciência discorrendo por cada uma das ações daquele dia;
42. Em que matéria transgredi? E que fiz eu ? Que obrigação indispensável deixou de ser por mim cumprida?
43. E começando desde a primeira, continua com o exame até a última de tuas ações; e depois
44. No caso que tenhas obrado mal, repreende-te; e se bem, regozija-te
45. Nestas coisas trabalha, nestas medita, nestas convém que empregues o teu amor.
46. Todas elas te sublimarão a dirigir teus passos pelos vestígios da virtude divina.
47. Sim, eu to afirmo e juro por aquele que deu à nossa alma o conhecimento do Quaternário,
48. Fonte da sucessiva natureza. Mas põe só nas mãos a esta grande obra,
49. Depois de teres pedido aos deuses que te ajudem a levar ao fim o que vás empreender. Tendo-te já prevenido e corroborado com estes requisitos,
50. Conhecerás tanto dos deuses imortais, como dos homens mortais.
51. A jerarquia, até onde não só cada um dos mencionados entes se estende, mas ainda até onde se limita.
52. Conhecerás também, segundo a lei do Deus supremo, ser em tudo análoga à natureza ;
53. De maneira que nem tu virás a conceber esperança do que não é para esperar, nem para ti será incógnita coisa alguma deste mundo.
54. Conhecerás igualmente que os homens padecem os males, a que estão sujeitos, por sua própria escolha,
55. Desgraçados homens, que não reparam nos bens que têm à mão,
56. Nem ouvidos lhe querem dar; e assim poucos chegam a saber livrarem-se de seus males.
57. Tal é a sorte que cega os entendimentos dos mortais, que por isso eles, à maneira de cilindros,
58. Rodam de uns para outros vícios, padecendo calamidades sem fim.
59. Porquanto aquele pernicioso combate, que a todos acompanha e com todos nasce, é o mesmo que, sem eles por isso atentarem, os traz enfatuados e perdidos;
60. Combate que não convém atiçar, mas sim cada um fugir dele, cedendo à razão.
61. De quantos males por certo livrarias, ó Júpiter, Pai soberano, a todos os homens,
62. No caso que a todos fizesses conhecer de que demônio eles se servem !
63. Tu porém cobra grande ânimo, visto ser divina a prosápia dos mortais,
64. A quem a sagrada Natureza, infundindo-lha, manifesta cada uma das coisas respectivas ao próprio conhecimento.
65. Das quais se de modo algum te achas participante, chegarás a conseguir o pretendido fim das máximas que te prescrevo,
66. Depois de teres curado a indisposição das paixões, e livrarás a tua alma de todos os trabalhos e moléstias.
67. Mas abstém-te dos manjares que nós temos proibido, tanto nas purificações,
68. Como no livramento d'alma, discernindo entre uns e outros; e pondera bem cada um destes preceitos,
69. Constituindo a razão mais adequada por cocheiro, para ter da parte superior as rédeas `a carreira da tua vida.
70. E se depois de te veres já despojado do corpo, chegares à pura região do etéreo assento,
71. Serás um deus imortal incorruptível e nunca mais sujeito daí por diante à jurisdição da morte.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Os Versos de Ouro de Pitágoras





Interpretar com exatidão os conceitos de Pitágoras, até se chegar ao diagnóstico perfeito de um mapa numerológico, não é uma empreitada fácil. A tarefa, no entanto, pode tornar-se uma jornada apaixonante e compensadora, se o discípulo estiver bem inteirado do conteúdo filosófico da obra do Mestre.

Pitágoras deve ter escrito cerca de 15 obras, das quais duas são as mais citadas, Do Universo e A Palavra Sagrada, mas nenhuma delas sobreviveu ao tempo.
A incumbência de revelar a doutrina de Pitágoras ao mundo contemporâneo, coube aos seus discípulos, que reproduziram os ensinamentos do Mestre, conforme lhes foram passados, na Escola Iniciática de Crotona.
Os Versos de Ouro, um poema atribuído ao discípulo Lísis de Tarento, pode ser considerado uma síntese perfeita, do que seja a filosofia pitagórica.
Em sua obra poética, Lísis dividiu os ensinamentos pitagóricos em 3 partes : Preparação, Purificação e Perfeição.
Na primeira parte, a Preparação, toma-se conhecimento que Pitágoras considerava o culto a Deus e aos Espíritos Superiores, como o fundamento de toda a sua doutrina.
A Purificação, que é a parte seguinte, trata do culto à amizade e ao amor universal,envolvendo os sentimentos relacionados à família, aos amigos e a si próprio. Nesse contexto, os deveres são divididos em físicos e espirituais, com recomendações sobre os cuidados a serem tomados com o corpo e o espírito. Alimentação pura e equilibrada, acompanhadas de exercícios físicos, favoreceriam à saúde do corpo. Sinceridade, honestidade, reflexão, tolerância, discreção, amor ao trabalho e humildade seriam indispensáveis à saúde espiritual.
Na terceira e última parte, a Perfeição, ensina-se que, mediante a auto-análise, a meditação , a fé e uma vida virtuosa, o discípulo pode atingir um nível superior de consciência, permitindo-lhe desvendar os segredos e mistérios do Universo.
Concluídas as 3 etapas, o discípulo chegava à verdadeira iniciação, alcançando, enfim, os dons de clarividência, que lhe permitiam enxergar o que os demais não conseguiam ver.
A mensagem contida nos Versos de Lísis, e que era a essência da doutrina pitagórica, revela que flui um processo ordenado e coerente,regendo todo o Universo. Esse processo considera as fontes da vida, as forças em movimento, os meios de progresso e a verdadeira felicidade, presentes,antes, em Deus, o criador de tudo, e,depois, no esforço combinado do Homem com a Natureza. Superados esses estágios primordiais, e somente após, se fecharia o ciclo da vida perfeita, com o reconhecimento da centelha e das forças divinas, como formadoras primordiais da criatura humana.
A doutrina pitagórica se fundamentava, portanto, no culto a Deus, à Natureza e à Humanidade,e considerava o respeito a si mesmo, como condição obrigatória para que se atingisse esse elevado nível de consciência.
Considero que, o estudo e a aplicação da Numerologia da Alma, com base nos princípios éticos, morais e espirituais, que nos são revelados pelos Versos de Ouro, abririam para o estudante a oportunidade de adentrar os portais da sabedoria oculta. Esse movimento, em direção ao templo interno do seu coração, faria do estudante,um iniciado e clarividente, tão logo despertasse a sua mente para as verdades místicas, que nos são reveladas pela leitura perfeita dos números sagrados.
O tempo que poderá durar esse processo,até que se dê o despertar do nível de consciência do estudante,dependerá de cada um. Mas,quanto mais cedo o processo for iniciado, menor haverá de ser essa demora.
Convido-os a se prepararem para o início dessa jornada. Dentro em breve, estaremos iniciando a publicação dos Versos de Ouro, conforme tradução de Luis Antônio de Azevedo, datada de 1795, e publicada no livro Vida Perfeita do Dr. Paul Carton, leitura obrigatória para qualquer estudioso da numerologia de Pitágoras.

Gilberto Gonçalves

domingo, 7 de outubro de 2007

A voz dos números é a voz de Deus


O Verbo, a palavra e a voz.
"No princípio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus...
Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada foi feito...
O Verbo era a luz verdadeira que ilumina todo o homem que vem a este mundo...
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós."
(João I)

A criação do mundo se fez pela palavra, pela vontade de Deus, pelo seu poder de nominar as criaturas e os objetos criados, e eles tomarem forma.
Tudo foi criado pela Voz de Deus, por sua ordem e vontade. E, assim, é também na Terra como nos Céus. Nossas palavras têm poder e criam formas, a exemplo e semelhança de Deus.
Deus, no ato da criação, projetou e construiu o seu mundo, como um verdadeiro arquiteto e matemático, usando fórmulas numéricas para dar sentido às formas, e esses códigos são conhecidos como arquétipos. Portanto, tudo que existe é reflexo, no plano físico,de arquétipos, idéias divinas manifestadas pela palavra e simbolizadas por números.
O Verbo, a palavra de Deus, está presente em nossas vidas através de vozes, diversas e arquetipais vozes, uma para cada número, cada qual simbolizando um dos arquétipos criados pelo Verbo divino.
O número 1 é o arquétipo do líder e comandante, que se manifesta através da voz de comando. É pela voz de comando que se reconhece o governante, o comandante, o diretor, o pai, a mãe, e todos que exercem um papel de liderança.
O número 2 é o arquétipo daquele que faz a mediação e prefere atuar na retaguarda, sussurrando ao pé do ouvido dos que estão no comando. É pela voz diplomática e ponderada que se reconhece o assessor, o secretário, o pacificador, e todos que preferem agir por trás, sem se exibir ou se expor.
O número 3 é o arquétipo do artista e comunicador, que se manifesta através do som da música, das cores de uma tela e de uma obra literária.É pelo dom da criatividade e pela sensibilidade na voz que se reconhece o artista, o criativo, o cultuador do belo, e todos que usam a voz para transmitir alegria, arte e cultura.
O número 4 é o arquétipo do trabalhador, que se identifica pelo ruído das máquinas nas fábricas e nas oficinas, ou pelo barulho de um martelo nas mãos do operário. É por esses ruídos de trabalho que se reconhece o pedreiro, o carpinteiro, o eletricista, o cozinheiro e a doméstica, além de todos aqueles que usam a voz para transformar seus esforços em obras físicas.
O número 5 é o arquétipo das mudanças e transformações, que se manifesta através do grito de liberdade. É por esse som de inconformismo que se reconhece o aventureiro, o liberal, o peregrino e o rebelde, bem como todos aqueles que rompem com os costumes e tradições, buscando assumir novas posturas.
O número 6 é o arquétipo da família e da amorosidade, que se manifesta através do barulho das crianças e de todos os ruídos provenientes das rotinas domésticas. É por esses sons e vozes que se reconhece um lar, uma família, um ambiente doméstico e uma união conjugal.
O número 7 é o arquétipo da solidão, da perfeição e do ocultismo, praticados em comunhão com a natureza, trancados numa biblioteca ou dentro de um laboratório. É pelo som do silêncio que se reconhece o solitário, o místico, o pesquisador, bem como todos que buscam, dentro de si, respostas a seus questionamentos e uma conexão direta com o seu aspecto divino.
O número 8 é o arquétipo da ambição e das buscas materiais, que se manifesta através da luta por ganhos financeiros e aquisição de poder. É pelo barulho das bolsas de valores que se reconhece o ambicioso, o investidor, o financista, além de todos que se sentem atraídos a sair pelo mundo em busca de progresso.
O número 9 é o arquétipo das ações humanitárias e do despojamento pessoal, que se manifesta através do clamor humanitário, que é um som bem mais subjetivo do que propriamente perceptivo aos nossos sentidos físicos. É por esse som que se reconhece a solidariedade humana e a verdadeira afirmação de amor ao próximo.
Essas são as vozes mais comuns geradas a partir da Criação, e manifestadas pelo poder do Verbo, a voz de Deus. Além dessas, existem 3 vozes em escalas superiores, através das quais são pronunciadas as mensagens dos mestres.
A voz do número 11 é aquela que prega a verdade e aconselha os discípulos a seguir o caminho do mestre.
A voz do número 22 é a que transmite conhecimentos ocultos e consagra a matéria, transformando o profano em sagrado.
A voz do número 33 é o som do sermão da montanha, a mensagem de amor a todo custo, mesmo com o próprio sacrifício e a renúncia a direitos pessoais.
Por fim, temos as vozes kármicas que ecoam através dos tempos, tentando ensinar-nos a corrigir nossa conduta, mediante experiências dolorosas e traumáticas, que buscam despertar nosso nível de consciência, fazendo-nos sofrer das mesmas dores que causamos aos outros.
As vozes dos números 13, 14, 16 e 19 gritam em nossos ouvidos, alertando-nos para não repetirmos os mesmos erros do passado.
A voz do 13 chama-nos para o trabalho e alerta-nos contra o medo e a preguiça.
A voz do 14 avisa-nos para não nos apegarmos aos bens materiais e nem rompermos compromissos e relacionamentos.
A voz do 16 fala-nos dos fracassos decorrentes de vaidade, orgulho, ações centralizadoras e traições amorosas.
A voz do 19, finalmente, lembra-nos que por nos havermos apropriado de direitos e valores que não nos pertenciam, ficamos em débito com outras pessoas, e agora é preciso pagar essas dívidas.
Quando Deus criou esses arquétipos numerológicos ordenou que se fizesse um chaveamento, para que os homens pudessem decodificar os mistérios das vozes. Surgiu, então, a numerologia com suas vozes facilitadoras para que todos ouvissem a voz do Mestre, e entendessem a sua mensagem.
Quando a natureza desperta, a cada primavera, essas vozes ficam mais fortes, sendo mais fáceis de ser ouvidas e compreendidas. Ouçamos com atenção essas Vozes da Primavera, para que elas possam ajudar-nos a entender melhor a Criação divina.

Gilberto Gonçalves

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O sagrado caminho de Brasilan



No dia 3 de agosto de 1991,teve início a minha peregrinação pelo sagrado caminho de Brasilan.Deixei para trás, tudo que até então parecia muito importante, e saí em busca da minha lenda pessoal.
A minha bússola espiritual apontava para a cidade de São Lourenço, localizada no Circuito das Águas, no sul de Minas Gerais.
A minha peregrinação não tinha como destino o centro de S.Lourenço, mas um recanto pouco conhecido de boa parte dos moradores, distante cerca de 3 km do centro, onde existia um parque florestal,último reduto da vida rural da cidade.
Antes que se completasse um ano, desde a minha chegada a São Lourenço, eu já estaria morando com minha esposa Flora e meu filho Roberto, numa casa de madeira pré-fabricada, dentro da reserva florestal do Parque Brasilan. Minha filha Cláudia, que ficara no Rio, pouco tempo depois já estaria morando em São Lourenço, completando, assim, a mística jornada, que trouxe para São Lourenço, toda a minha família.
Cercados por uma vegetação exuberante, onde uma nascente de água cristalina saciava a nossa sede, passamos a descobrir a verdadeira essência da vida.
A numerologia atravessou, de repente, o meu caminho, e agregou-se à minha alma, em caráter definitivo, passando a me mostrar a magia do mundo oculto, revelado pelos números.
As letras e os números, com suas energias próprias, ganhavam formas sedutoras e revelavam segredos e mistérios, que explicavam as causas e os efeitos dos sofrimentos humanos, e também das suas alegrias.
Com o passar do tempo, transformei Brasilan na minha Crotona, e um quiosque de sapê, no meu Templo de Delfos. Assim como Pitágoras reunia seus matemáticos, em Crotona, na Antiga Grécia, para ensinar-lhes as revelações divinas, extraídas da leitura sagrada dos números, passei a receber, em Brasilan, estudiosos das ciências ocultas, em busca de conhecimentos.
À semelhança dos que buscavam acessar os mistérios, e conhecer-se a si mesmos, quando penetravam no Templo de Delfos, também muitos passaram a buscar em Brasilan, através de cursos e palestras, os ensinamentos sagrados da Numerologia da Alma, ministrados no singelo Quiosque de Sapê, o Templo da Numerologia, em Brasilan.
A paisagem do Parque é deslumbrante, o quiosque, acolhedor e os conhecimentos revelados pela Numerologia da Alma, inspiradores.
Atualmente, estou ministrando, em Brasilan, um curso de iniciação à Numerologia da Alma, aos sábados de 14h às 16h30, para um grupo de 7 pessoas, tendo como templo inspirador, o quiosque de sapê.
A magia do campo, interagindo com a magia dos números, cria um clima místico, que seduz e encanta a todos que se dedicam à busca de conhecimentos, nesse contato harmonioso do homem com a natureza.
E para aqueles que procuram entender o significado da palavra Brasilan, que dá nome ao Parque e acesso ao meu blog, esclareço que sua origem está relacionada à própria origem da nação brasileira e do nome Brasil. Brasilan é o nome oculto do Brasil, contendo a chave esotérica que faz do nosso país uma nação que dará origem a uma nova consciência humana.
Brasilan poderia ser considerada a versão para a nossa língua de um termo de origem esotérica, BRAHM-TZIL, que seria traduzida por TERRA SAGRADA DE BRAHM, onde a Luz e o Raio de Brahm irão reinar. Meio complicado, não é ? Por isso, o melhor mesmo é aceitar Brasilan como o termo que deu origem ao nome dado pelos portugueses, à terra por eles descoberta. Misteriosamente, porém, já se fazia alusão ao nosso país, antes mesmo do Brasil ser descoberto, denominando-o de Brasilan. A história que relaciona a existência da grande quantidade do pau-brasil, com o nome dado ao nosso país, é uma explicação equivocada. Certamente deu-se o contrário, a árvore passou a se chamar pau-brasil, por ser originária do Brasil, tornando-se o pau do Brasil.
A nossa numerologia, além da sua origem histórica, relacionada à Antiga Grécia, também tem a sua história esotérica, a partir da localização, em Brasilan, da sede do Instituto Alma Mater, centro da difusão da metodologia pitagórica, denominada por mim de Numerologia da Alma.
Permaneçam ligados no meu blog, que continuarei narrando fatos e comentando aspectos místicos e sagrados, relacionados à magia dos números e ao lado oculto da importância de ser brasileiro.

Gilberto Gonçalves.






segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Uma análise sobre a sorte

Durante a palestra que proferi no último dia 5, no Hotel Elite, aqui em São Lourenço, voltei a comentar sobre as interpretações erradas, que muitos fazem ao analisar os números 8 e 9.
O número 8 se tornou sinônimo de ganho fácil, passando a fazer parte do arsenal da maioria dos numerólogos, para resolver os problemas financeiros de seus ambiciosos fregueses. Enquanto isso, o número 9 ganha fama de azarado ou azarento, como quem não traz sorte, além de provocar a perda de dinheiro.
Essa conclusão predominante demonstra bem o quanto a humanidade está afastada da missão espiritual, inteiramente perdida na busca de riquezas materiais e voltada para golpes de sorte, através do jogo ou de atos ilícitos.
Todos estamos acostumados a ouvir certas mães, comentando sobre o casamento de suas filhas, dizer que elas estão muito bem casadas, referindo-se às posses do genro ou à posição que ocupa numa empresa de renome. Elas não costumam chegar à mesma conclusão, quando o moço é responsável e trabalhador, mas não tem um empregão, nem ganha um salário que deixe as amigas com inveja. O bom casamento tornou-se sinal do quanto valeu financeiramente para o noivo ou a noiva, consumar aquela união.
Quando os estudiosos da numerologia estudam os números, eles não poderiam tirar conclusões diferentes dessas que balizam a vida da humanidade. Afinal de contas, a maioria deles, foi educada ouvindo esses conceitos materialistas, que dão grandes méritos e mais opções de felicidade, aos ricos ou aos que têm empregos que proporcionam altos salários. Os poucos que receberam ensinamentos iniciáticos ou que nasceram numa família que valoriza o nível espiritual
da criatura humana, sabem muito bem que o ser é mais valioso do que o ter.
O número 8, sinônimo de ganância e de ânsia pelo poder econômico, não tem em suas origens, essa conotação materialista, sendo, de fato, o arquétipo do progresso humano, a eterna busca de justiça, a incansável e persistente demanda do Graal. A peregrinação só termina, quando se atinge a consciência do 9, o humanitário, o despojado, aquele que antes de pensar em si, se volta para atender os reclamos da coletividade.
Como falar de sorte ou de azar, quando nos deparamos com dois arquétipos que simbolizam ações humanas de tamanha nobreza e dignidade ? As mentes humanas estão contaminadas das impurezas do vício da matéria inanimada, do objetivo desprovido de alma, do sentimento que se volta para o secundário, por desconhecer o principal.
Viver o 8 é ser justo, trabalhador e honesto, para que as virtudes do bom administrador e financista se manifestem nas atividades profissionais e sociais do empresário, do chefe de família e da alma progressista que está sempre enxergando mais adiante. Assumir o 9 é servir a todos, valorizar o coletivo em detrimento dos interesses individuais e se desapegar de bens materiais, tendo a consciência de que o bem estar geral se refletirá no seu bem estar pessoal.
Existem muitos livros de auto-ajuda, a maior parte deles bem intencionada, mas que não retratam a realidade, por tratarem a todos como se houvesse um padrão de felicidade.
Transcrevo, a seguir, um texto que fez parte do último curso que ministrei, abordando o tema Trabalho e Dinheiro. Espero que as pessoas interessadas no verdadeiro conteúdo da numerologia comecem a perceber que o mundo é espiritual, e que a matéria é um desafio a ser vencido, nem mais, nem menos.


GANHANDO PARA PERDER, PERDENDO PARA GANHAR...ACERTO DE CONTAS

Há muitos livros de auto-ajuda, quase todos bem intencionados, tentando levantar o astral de quem se julga um zero à esquerda. A maioria deles, porém, trata a questão sob uma ótica convencional, partindo de uma falsa premissa de que, o que é bom para uns, serve de padrão de qualidade para todos.
O princípio que norteia esse raciocínio faz crer que todos se sentirão seguros e satisfeitos, se tiverem acesso às mesmas condições culturais, profissionais, econômicas e sentimentais.
Assim, bastaria oferecer-se educação e emprego para o povo, e todos se tornariam pessoas dignas e responsáveis, alcançando-se um alto padrão de qualidade de vida. O acesso à cultura tornaria todo cidadão uma fonte inesgotável de conhecimentos, enquanto o trato amoroso dedicado aos filhos solucionaria a questão da maldade e da violência.
A realidade, no entanto, longe de confirmar essa teoria banal, mostra-nos fatos que não somente contrariam alguns aspectos, mas desmentem inteiramente essas supostas relações.
Jovens cursando universidades não são obrigatoriamente os mais generosos e menos violentos, somente por terem acesso a mais conhecimentos. Homens ricos não são os mais honestos, só pelo fato de já possuir o suficiente para viver com conforto e dignidade. Filhos de famílias bem estruturadas não estão imunes a se envolver em atos criminosos, chocando a família e a sociedade.
A sociedade, porém, insiste em se enganar, por descuido ou fantasia, como diria o poeta, e acredita-se que, colocando-se meninos de rua na escola, a criminalidade infantil vai acabar. Seguindo o mesmo raciocínio, resolve-se a questão do banditismo com maior oferta de empregos, e se melhora a saúde do povo, com o aumento do número de hospitais.
O engano de todas essas soluções está no fato de se imaginar que exista uma fórmula mágica para resolver todos os problemas, de acordo com um padrão único de comportamento.
O fator que interfere nesses pacotes fechados, levando-os ao mais absoluto fracasso, é de origem espiritual, sendo conhecido por um termo que é muito usado, mas bem pouco compreendido, chamado karma.
O karma é, na verdade, o efeito herdado por nossas almas, em função de ações praticadas em vidas passadas.
As pessoas, de um modo geral, insistem em fazer vistas grossas a essa verdade inconteste de que, cada um tem seus talentos e vocações, em diferentes níveis de evolução. Por essa razão, não existe uma receita de sucesso comum a todos.
As pessoas com missão 1, 8 ou 9 precisam tornar-se líderes e assumir comandos, não se adequando a obedecer ordens e viver subordinadas a autoridades alheias. O mesmo já não acontece com as pessoas de missão 2 ou 4, que preferem seguir lideranças. Os de missão 2 gostam de trabalhar na retaguarda, junto aos chefes, em funções de assessoria, enquanto os de missão 4 se satisfazem com a execução de tarefas rotineiras e repetitivas.
Alguns, como os de missão 7, precisam agir sozinhos, mas os de missão 6 só se sentem felizes e seguros, quando compartilham suas vidas e atividades com mais alguém.
As pessoas de missão 4 terão de se acostumar a rotinas e a só agir com lógica e razão, jamais se arriscando à toa. O oposto, porém, ocorre com os de missão 5, que precisam ser ousados, impulsivos e livres para correr riscos, tendo grande dificuldade para seguir rotinas e obedecer ordens.
Diante disso, pergunta-se : o que fazer, para tornar alguém feliz ?
A melhor auto-ajuda é proporcionar, a cada um, condições de descobrir sua missão, alertando-o sobre suas forças e fraquezas, que estarão presentes, ao longo da vida.
Pensando bem, esta nossa vida é uma questão de acerto de contas. Quem pensa estar ganhando, pode estar perdendo, e, dentre os fracassados e discriminados pela sociedade, podem estar os grandes vencedores. E para saber se estou ganhando ou perdendo, é preciso fazer apenas uma pergunta : qual é mesmo a minha missão ?
Gilberto Gonçalves



terça-feira, 28 de agosto de 2007

Uma reflexão sem pretensão

A minha condição de numerólogo me obriga a pensar muito, e a prática da reflexão acaba por se tornar mais do que um hábito, quase um vício.

Hoje, depois de receber uma mensagem de alguém que participou do curso dado no último sábado, dia 25, comecei a refletir sobre a qualidade de vida da sociedade moderna.

Os pobres vivem a miséria social e material, enquanto os ricos convivem com a degradação moral e espiritual. Mergulhados na matéria, pobres e ricos não conseguem enxergar os verdadeiros valores que dão qualidade às nossas vidas.

A minha reflexão tomou esse rumo, quando me deparei com a ansiedade dessa jovem, tomada de enorme entusiasmo, diante dos números que identificariam pessoas de suas relações, às quais ela gostaria de poder entender melhor.

Havíamos estudado, durante o curso, as diversas fórmulas e cálculos, que definem os perfis humanos e que favorecem o bom êxito dos nossos relacionamentos.

Essa jovem, mal havia chegado de volta à sua cidade, e já mergulhara nos estudos, consciente de que a ciência dos números era o caminho mais adequado, para ajudá-la a decifrar os enigmas dessa vida.

Tendo ao seu dispor, no seu mundo profissional, mecanismos de consulta e especialistas em áreas técnicas, que poderiam responder a suas dúvidas, essa jovem preferiu utilizar ferramentas menos convencionais, para encontrar respostas a seus tantos questionamentos.

O conteúdo do curso foi, imediatamente, colocado em prática, tanto para uma abordagem pessoal, como para uma análise profissional. As pessoas ao seu redor já não são mais enigmas indecifráveis, mas individualidades identificáveis em suas estruturas psíquicas e emocionais. Graças aos conhecimentos da numerologia, torna-se bem mais fácil compreender e aceitar certas atitudes que, à primeira vista, seriam criticadas e combatidas.

A humanidade, porém, afastou-se tanto dessa antiga ciência, por medo ou ignorância, que não consegue perceber o que se passa por trás da cortina de fumaça, que costumamos chamar de lógica e razão.

Há milênios que os mais sábios já sabiam lidar com a mensagem contida nos números, e o grande filósofo e matemático Pitágoras ensinava aos seus discípulos a decifrar os mistérios do Universo, através do simbolismo sagrado dos números.

A humanidade, no entanto, perdeu o contato com esses segredos milenares, e passou a buscar respostas somente no que pode ver e tocar, numa prática semelhante ao apóstolo Tomé, que quis ver para crer.

Os mestres, e dentre eles Jesus, ensinavam a seus discípulos que era preciso, antes crer, para ver. Pitágoras ensinava os discípulos que era possível conhecer uma verdade oculta, se viessem a aprender a linguagem secreta dos números. A ciência, pressionada pela Igreja e pelo Estado, desde a Idade Média, tenta desqualificar o conteúdo matemático e filosófico da numerologia, como instrumento de auto-conhecimento e de expansão do nível da consciência humana.

A humanidade, acreditando só no que vê, ou no que interessa ver, deixa de contar com uma ajuda imprescindível à solução de tantos problemas do mundo moderno, já que a numerologia por desnudar os segredos humanos, põe a descoberto fatores que estavam sendo omitidos, e que ao virem à tona, trazem soluções que pareciam impossíveis de se encontrar.

Aqueles que quiserem mais informações sobre a Numerologia da Alma, entrem em contato comigo pelo emailgilberto.numerologo@starweb.com.br, ou deixem um comentário, que eu procurarei responder, orientando-os sobre o que fazer.

Como dizia o meu mestre físico : "A solução para os problemas do mundo virá com a alfabetização das massas e a iniciação das elites". Ainda estamos bastante distantes desses ideais, mas as grandes caminhadas começam com os primeiros passos. Os grandes feitos tiveram início com pequenas atitudes.

Quem quiser se sentir como a jovem que, após o curso, se viu envolvida com cálculos e análises, buscando conhecer melhor a si e aos outros, não fique aí parado, amarrado a preconceitos e tradições, nem se deixe levar por comentários de quem não sabe do que está falando, tome uma atitude e dê o primeiro passo.



Gilberto Gonçalves.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Pitágoras e a Numerologia da Alma

Pitágoras, Numerologia e Auto-conhecimento

Hoje, vou falar de Pitágoras, o filósofo, o matemático e o místico. Do filósofo e do matemático, todos já ouviram falar, e até nas escolas, estuda-se suas teorias filosóficas e seus teoremas. Mas, do místico e do numerólogo, pouco se fala, a não ser aqueles que são iniciados nos mistérios sagrados dos números.
Pitágoras nasceu em torno de 560 a.C., na ilha de Samos, na Grécia, sendo filho de Mnesarco, um rico negociante de jóias, e de Pártenis, que passou a se chamar Pítais, em honra a Pítia, oráculo do Templo de Apolo, em Delfos, que profetizara que ela daria à luz uma criança com dons maravilhosos.
O nascimento de Pitágoras, como o de tantos outros avataras, está associado a uma história mística, na qual ele seria filho do deus Apolo, que teria fecundado sua mãe.
Há diversos relatos miraculosos acerca de Pitágoras, semelhantes aos relacionados à vida de Jesus. Essa coincidência se justificaria a partir da crença nos arquétipos avatáricos, que tratam de ocorrências repetitivas, relacionadas às origens desses seres que encarnam de tempos em tempos, com o intuito de ajudar a humanidade a dar um grande salto evolutivo. Dentre esses seres estariam incluídos, além de Jesus e Pitágoras, as figuras de Moisés, Platão, Krishna, Sidarta, Hermes e outros.
A Escola Iniciática de Pitágoras foi construída na cidade de Crotona, onde ele ensinava a seus discípulos os Grandes Mistérios, mediante o uso da ciência dos números, razão pela qual eram chamados de matemáticos. O noviciado durava de dois a cinco anos, quando os noviços eram submetidos à regra do silêncio absoluto, não podendo dirigir a palavra ao mestre, mas apenas ouvir e meditar.
Os discípulos aprendiam que o número não é uma entidade abstrata e meramente quantitativa, mas um atributo qualitativo e ativo da Divindade. Dessa forma, ele ensinava como agiam as forças vivas da faculdade divina, em ação permanente nos diversos mundos, no macro e no microcosmo.
Pitágoras afirmava que, a interpretação dos números, sob o aspecto qualitativo, desperta a criatura humana para se conhecer a si mesma, reconhecendo-se como parte do grande Universo e do Todo, que é a própria Divindade.
De acordo com a teoria pitagórica, cada número tem alma própria e, de acordo com a posição que vier a ocupar no Mapa de cada pessoa, expressará tendências, vocações, ideais, poderes e fraquezas.
A metodologia por mim desenvolvida, a partir dos princípios pitagóricos, denominada Numerologia da Alma, reúne todos esses ensinamentos e propõe que se descubra a Trama da Alma, que é uma trama mística, em torno dos ideais da alma, e que traça o caminho a ser seguido pela personalidade, para o cumprimento da missão.
A Numerologia da Alma entende que a magia dos números deve ser usada para proporcionar a cada criatura, o auto-conhecimento necessário a atender os reclamos da alma, e jamais para criar fórmulas que satisfaçam os anseios da personalidade, em torno de valores que não estão sendo exigidos pela alma.
A Numerologia da Alma acredita que nada é mais importante do que o fiel cumprimento da missão, e que somente aqueles que estão no caminho certo gozarão de saúde perfeita, que só é alcançada quando alma e personalidade atuam em perfeita harmonia, a fim de que se cumpra o Plano da Alma.
Com esses esclarecimentos, espero ter despertado na consciência dos que me lêem, o quanto se tem profanado uma ciência sagrada e divina, como é a numerologia, e quanto a humanidade se afastou dos conhecimentos místicos, professados pelos antigos gregos, como lhes era ensinado por seus sábios e consagrados mestres.
Essa prática está muito distante do que se vê hoje em dia, através de publicações e dos meios de comunicação, quando os modernos numerólogos orientam os ingênuos e ambiciosos, a mudar de nome ou a acrescentar um número a mais na sua casa ou escritório, com o intuito de ganhar dinheiro e obter sucesso.
A sociedade, materialista e gananciosa, não consegue perceber que a numerologia não é um instrumento de conquistas ou trapaças, mas uma ciência que deve ser usada para que cada qual se conheça melhor e tome consciência do que está fazendo no mundo. O nome e a data do nascimento são registros de identidade espiritual, que identificam nossas almas, que indicam o nível de evolução em que cada um se encontra e o que é preciso fazer para prosseguir nesse processo de evolução.
Aqueles que crêem que basta mudar o nome ou acrescentar um número na placa de entrada de casa, e tudo se resolverá como num passe de mágica, que continuem se enganando, imaginando que ficarão mais ricos e conseguirão tudo que desejar, sem sair do lugar.
Pitágoras nunca ensinou isto aos seus discípulos, jamais pretendeu manipular os fatos mediante a introdução de números, para alcançar benefícios materiais. Os números eram vistos como sinais ocultos de um diagnóstico sagrado, que expunha aos olhos humanos a radiografia da alma.
Conhecendo os karmas, tomando ciência de seus talentos, dons e vocações, a criatura humana poderá concentrar seus esforços nos pontos mais frágeis em que se encontra sua alma, e caminhar com consciência plena em direção à sua missão.
Assim falou Pitágoras, assim ensina a Numerologia da Alma.

Gilberto Gonçalves.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Numerologia : espiritualidade, ciência ou mistificação ?

Numerologia : espiritualidade, ciência ou mistificação ?
A base de toda verdade se apóia sempre na condição de que se possa comprovar cada afirmação, seja ela resultante de uma afirmativa isolada ou de parte de um conjunto de regras e conceitos, a que costumamos denominar ciência.
Antigamente, ciência e religião andavam de braços dados, compartilhando as mesmas verdades e se abastecendo da mesma fonte. Naqueles tempos, a religião não era definida como uma crença sectária e separatista, mas por uma busca idealista de religar o homem a Deus. A origem da palavra religião vem da palavra latina religare, que quer dizer religar, no sentido literal do termo, de ligar novamente o homem à Divindade, da qual ele, um dia, se separou.
A numerologia surgiu há milênios, talvez em torno de 5.000 a.C., ou quem sabe, muito antes ainda, no período da civilização atlante, quando teve início o processo de iniciação da humanidade. Naquela época, a hierarquia responsável pela evolução planetária decidiu acelerar a expansão da consciência humana, através de uma transferência de energias de seres cósmicos mais evoluídos para a humanidade terrestre. Essa decisão foi um estágio mais avançado do processo introduzido na era lemuriana, com a vinda, para o planeta Terra, de iniciados venusianos, os kumaras, trazendo a semente do mental, para estimular o crescimento psico-espiritual da nossa civilização, que se encontrava aprisionada no seu estágio emocional.
A história oficial, lamentavelmente, insiste em desconhecer as verdades reveladas pelas pesquisas a respeito da civilização atlante, preferindo dar créditos a versões tão inconsistentes quanto absurdas, de se acreditar que uma civilização egípcia, por exemplo, seria capaz de surgir do nada, sem estar inserida num processo evolutivo anterior. Mas, tudo isso tem de ser desculpado, quando nos reconhecemos numa época em que a visão materialista prevalece, sempre que se tenta justificar um fato ou uma verdade oculta. E, de repente, nos damos conta que o medo instaurado, desde a época da Santa Inquisição, parece ainda estar bem vivo, nas mentes dos cientistas e dos religiosos contemporâneos.
A numerologia surge, de forma concreta, juntamente com outras ciências espirituais, como a astrologia e o tarô, no Antigo Egito, com o Mestre dos Mestres, Hermes Trismegisto, chamado de mensageiro dos Deuses. Todos os preceitos básicos, contidos nos ensinamentos esotéricos de cada raça, foram formulados por Hermes, mesmo os mais antigos que remontam às tradições religiosas da China, do Egito e dos povos que se seguiram a essas civilizações.
Os princípios herméticos, contidos nas chamadas ciências divinatórias, contêm bases científicas, e são formulados a partir de conceitos perfeitamente comprováveis, ainda que distantes dos padrões materialistas da ciência inquisitorial moderna. A Santa Inquisição deixou marcas profundas nos modelos científicos, levando a humanidade a conceituar como ciência apenas o que o homem consegue enxergar, negando verdades, ocultas aos nossos olhos físicos, que só permanecem ocultas porque não somos capazes de enxergá-las.
A numerologia tem a sua base científica no estudo das energias que são identificadas através da avaliação qualitativa dos números. É de Pitágoras que nos chegam as interpretações mais sensíveis, sobre as análises psicológicas dos efeitos dessas vibrações, como meio de criar o perfil ideal de cada criatura humana. Pitágoras criou uma análise perfeita que explica a vinculação de cada um de nós, aos nossos nomes e datas de nascimento.
Aqueles que acusam a numerologia e outras ciências divinatórias de mistificação, ignoram a seriedade com que o grande matemático, geômetra e cientista se dedicava ao estudo das energias ocultas dos números, com o intuito de explicar o Universo e os Deuses, como pregavam as escolas de sabedoria, na Antiga Grécia. Assim, não teria sentido, desqualificar o espírito científico da numerologia, sem atingir a imagem desse gênio que foi Pitágoras, cujos teoremas e princípios filosóficos são respeitados até os dias de hoje. Mas, infelizmente, a ciência materialista, calcada nos tradicionais princípios newtonianos e cartesianos, insiste em manter vivos seus velhos e ultrapassados conceitos, desconhecendo as transformadoras revelações da moderna física quântica.
Estamos, porém, abençoados pelas graças da Nova Era, que favorecem as mudanças e as reformulações de antigas verdades, permitindo-nos saborear antigos valores místicos, que se encontravam trancados no baú da história. Com isso, renascem as antigas verdades, que foram preservadas nos velhos ditados da vovó e nos ingênuos mitos dos contos de fada. É o novo tempo desmistificando o falso sábio, que insiste em comprovar o que todos já sabem, mas se mostra incapaz de admitir o que não pode ver, e que só não vê porque não crê no que está encoberto pelos véus da sabedoria oculta.
A numerologia é uma ciência divina, e como tal se manifesta de forma espiritual e misteriosa, pelo menos para a grande massa que permanece distante das verdades ocultas. A numerologia é uma ciência, como qualquer outra, com suas técnicas lógicas e suas conclusões perfeitamente comprováveis. A mistificação fica por conta daqueles que a usam sem respeitar sua conotação sagrada. Em todas as áreas, existem pessoas despreparadas para realizar suas tarefas, e que atribuem a si, poderes e conhecimentos que não possuem, fazendo de suas ações eternas mistificações.
A Numerologia da Alma é uma visão psico-espiritual dos ensinamentos de Pitágoras, que atribui ao cumprimento da missão, o único objetivo por que vale a pena trabalhar e aceitar toda sorte de dificuldades, por que somos forçados a passar, ao longo da vida. Esta metodologia parte do princípio, que convencionei chamar de "trama da alma", à qual se chega após uma análise lógica de combinações de números e posições, que revelam a verdadeira história de cada alma e o aprendizado que vem buscar, para a sua evolução no ciclo planetário.
A Numerologia da alma não profetiza fatos, nem promete conquistas ou sucessos, não joga com os números e nem os emprega para alterar planos e valores, predeterminados para cada encarnação. Ela prega que a missão deve ser perseguida e cumprida a todo custo, ainda que, para a personalidade encarnada, ela possa parecer triste, sofrida e incomprensível.
As promessas de felicidade fácil, amores eternos e riquezas ilimitadas não fazem parte da metodologia da Numerologia da Alma, por serem conquistas que em nada contribuem para o processo evolutivo da alma, atendendo apenas a satisfação imediata e temporária do ego encarnado.
Algumas vezes, essas buscas ambiciosas e materialistas, no entanto, podem fazer parte do processo de evolução da alma, ajudando uma alma omissa a assumir o seu caminho espiritual, a partir de um desejo enorme de ser rica, até cair em si, e perceber que não será o dinheiro que a deixará feliz. Outras vezes, uma fantasia amorosa estimula a prática da generosidade. E, até mesmo, a crença numa felicidade fácil põe muita gente em ação, e sem que perceba, ela se põe em busca da missão.
A Numerologia da Alma está a serviço do Espírito, num auxílio direto à alma, para que, através da personalidade encarnada, possa cumprir a sua missão e, assim, dar mais um passo no seu processo de evolução. A Numerologia da Alma lembra que, de acordo com o princípio pitagórico, a alma é a essência espiritual da personalidade e, a cada vida, ela encarna, trazendo sinais característicos de suas andanças por vidas passadas.
As vogais, presentes no nome de origem, traçam o perfil com que a alma chega ao mundo, que não deve ser confundido com o que ela terá de aprender, e que se refere à mensagem contida na missão.
As consoantes formam a personalidade, que é o instrumento da alma para realizar a missão. Os talentos natos, extraídos do dia do nascimento, são vocações e cuidados, que serão incorporados à personalidade, como uma espécie de bagagem espiritual, que deverá nortear a personalidade, em direção à missão. O caminho de origem, que é a soma da data de nascimento, funciona como um manual de instrução, sempre orientando a personalidade a atingir a missão.
A missão é, por conseguinte, a razão verdadeira que justifica a presença da criatura humana no mundo, e por isso mesmo, cumprí-la é dever de todos nós.
O fracasso da missão provoca o atraso no processo de evolução, não somente de quem fracassou, mas afeta o plano evolucional do próprio planeta.
A Numerologia da Alma, mediante a análise da trama da alma, revela qual seja a missão de cada um, e aponta os talentos e as fraquezas, que irão interferir em nossas vidas, ajudando ou atrapalhando o bom êxito da missão. O bom senso recomenda a fiel obediência às recomendações contidas na análise da trama da alma, pois só assim seremos felizes e sadios.
Gilberto Gonçalves.

sábado, 28 de julho de 2007

Uma reflexão numerológica

Muitos se dizem numerólogos, por saberem lidar com os números e por conhecerem os perfis numerológicos. Mas, a numerologia é bem mais do que uma simples visão tecnicista de ler e interpretar números.
O verdadeiro numerólogo tem de ter uma profunda sensibilidade espiritual para desenvolver uma análise com base nos princípios espirituais, contidos na filosofia de Pitágoras.
Antes de conhecer o verdadeiro sentido da Trama da Alma, não se deve emitir qualquer opinião, em relação à Missão do analisado.
Cada pessoa tem uma busca pessoal, e imaginar que exista um padrão de satisfação igual para todos é, no mínimo, uma falta de percepção espiritual, quanto à Lei do Karma.
A Numerologia da Alma é a metodologia mais apropriada para se conseguir chegar aos ideais do Mestre Pitágoras, de proporcionar auto-conhecimento, permitindo que se conheça os Deuses e o Universo, mediante a aquisição desse nível de consciência, a partir do ato de se conhecer a si mesmo.

Numerologia da Alma

---A Numerologia da Alma é uma metodologia criada a partir da numerologia pitagórica, buscando expandir o auto-conhecimento. A base da Numerologia da Alma é a análise das exigências da Alma, com a interpretação correta da Trama da Alma.